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Confusão com outras doenças retarda tratamento humano contra IA


Publicado em: 24/01/2008 09:52 | Categoria: Geral

 



A pergunta ganha maior pertinência com uma publicação no New England Journal of Medicine (NEJM) mostrando que no sudeste asiático os médicos têm confundido a gripe aviária com pneumonia, tifo e pelo menos outras quatro doenças, o que retarda o tratamento e diminui as chances de sobrevida dos pacientes afetados pelo vírus.

Mas a publicação do NEJM não se debruça apenas sobre esse aspecto. Ela, na verdade, corresponde a um amplo levantamento realizado por um dos Comitês de Redação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que reviu e analisou toda a bibliografia disponível acerca dos aspectos clínicos das infecções humanas pelo vírus H5N1 da Influenza Aviária. Algumas das conclusões do Comitê:

- A despeito da generalizada exposição do homem a aves infectadas pelo vírus H5N1, a doença em humanos continua sendo rara;

- A infecção humana pelo H5N1 não ocorre apenas através do contato direto com aves doentes. O vírus pode aderir a qualquer superfície ou, mesmo, estar presente e se disseminar por fezes [de aves] contaminadas;

- É extremamente rara a ocorrência de infecção pessoa a pessoa. Os poucos casos registrados têm ocorrido entre parentes próximos (geralmente de primeiro grau) e em decorrência de um contato muito íntimo;

- Ainda não se tem certeza, mas é provável que a primeira manifestação da doença no homem se dê a partir do trato gastrointestinal. Em vários pacientes, problemas intestinais (por exemplo, diarréias) antecederam os sintomas respiratórios e o vírus foi detectado nas fezes;

- A infecção humana pelo H5N1 pode ocasionar a morte do paciente num período entre 9 e10 dias. Os casos oficiais até agora registrados demonstram que matou 61% de suas vítimas. Isso corresponde à morte de três pessoas a cada cinco infectadas.

E quanto aos riscos de uma pandemia?

Segundo um dos integrantes da equipe que efetuou o levantamento bibliográfico, ainda não são conhecidos todos os fatores capazes de levar à geração de uma cepa pandêmica de H5 “ou de qualquer outro dos vírus da Influenza Aviária que circulam por aí”. Conforme esse técnico, embora o vírus esteja enraizado nos plantéis avícolas de diferentes partes do mundo, a ocorrência de casos humanos ainda é esporádica. Mas – ressalva – “cada um desses [poucos] casos representa nova oportunidade para a mutação do vírus”.


Fonte: Avi Site

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