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UE poderá ampliar número de fazendas aptas a exportar carne
O Sisbov é o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos e envolve um conjunto de procedimentos para caracterizar a origem, o estado sanitário, a produção e a segurança dos alimentos.
O relatório será entregue em reunião, em Bruxelas, no próximo dia
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, a lista entregue à União Européia com cerca de 2,6 mil propriedades visitadas pelos técnicos era preliminar e ainda seria submetida à avaliação individual. Ele explicou que inicialmente o prazo para a análise da documentação de cada fazenda terminava em 15 de março, mas foi antecipado em um mês.
Segundo o secretário, na conferência dos dados das 2,6 mil fazendas visitadas os técnicos detectaram a falta de documentos, como notas fiscais e comprovação de movimentação de animais, por exemplo.
"No momento em que conferimos item por item, ainda faltavam documentos comprobatórios, pequenas não-conformidades ainda não resolvidas", disse o secretário. Segundo ele, até a próxima segunda-feira (11) os documentos pendentes ainda podem ser enviados ao ministério. "Novas inclusões [de propriedades aptas a exportar carne] ainda podem ser feitas até o dia 11", explicou.
O número de propriedades que o governo brasileiro pretende submeter à avaliação da União Européia é maior do que o definido no pedido dos países europeus (300). Para o secretário, a União Européia especificou esse número por acreditar que o Brasil não teria condições de auditar todas as fazendas.
"Com a estrutura que eles conheciam de reuniões e visitas anteriores e sabendo das não-conformidades, eles calculavam isso [que o Brasil não teria capacidade para fazer as auditorias]". Segundo ele, anteriormente, o número de fiscais chegava a cerca de 40 e atualmente é dez vezes maior. "O governo está confiante de que está apresentando uma lista auditada que realmente atende aos requisitos".
No dia 25 deste mês, os técnicos europeus vêm ao Brasil fazer visitas a essas propriedades. Segundo ele, os europeus devem fazer visitas "a um bom percentual de uma lista de 300 propriedades".
"Então é melhor fazer em cima de uma amostragem. Os achados deles comparados aos nossos é que vão definir os critérios daí para a frente", afirmou.
De acordo com o secretário, em um primeiro momento, se o mercado da União Européia for reaberto, somente as fazendas aprovadas poderão exportadas. "Mas logo haverá uma segunda, uma terceira, uma quarta lista até que se consiga, então, voltar à normalidade".
Fonte: Agência Brasil