Nesta segunda-feira (05), o médico veterinário Felipe Wouk, professor titular da UFPR e consultor da da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior do Ministério da Educação, propôs estratégias para o ensino transformador na Medicina Veterinária durante o Seminário Estadual de Ensino da Medicina Veterinária, em Curitiba. 

Em sua palestra “Contexto Mundial do Ensino da Medicina Veterinária: os desafios para o século XX”, Wouk discutiu o futuro da profissão, a qualidade do ensino e os fatores que influenciam os rumos dos serviços veterinários. 

Diante das mudanças globais, o questionamento levantado durante a discussão foi: como se tornar um professor inspirador e transformador? Wouk responde que é preciso “aprender o que as máquinas não sabem fazer”. Em outras palavras, isso significa, para ele, promover vivências, experiências, desafiar e encorajar intelectualmente os seus estudantes. Mas faz uma crítica ao ensino superior que não permite aos seus estudantes “dar vazão às próprias ideias”. 

Segundo Wouk, as transformações globlais – deterioração ambiental, mudanças demográficas, demandas de alimentação e bem-estar animal, doenças emergentes e demografia profissional – exigem mais dos docentes. Ou seja, a necessidade de ensinar habilidades de vida tanto resiliência, quanto relação interpessoal. “Abandonar a memorização de fatos para chegar à pesquisa, análise e síntese da informação”, explica. 

Ele ainda recomenda que a liderança é o caminho para transformar o ensino da Medicina Veterinária, que se preocupa com a saúde do homem. E retoma a função que as máquinas não podem exercer: o atendimento mais humanizado.