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​​​​​​​Acelerando as adoções com menos devoluções


Publicado em: 04/09/2020 19:00 | Fonte/Agência: Autores | Categoria: Geral | Autor: Luciana Galeb, Alexander Welker Biondo, Cláudia Turra Pimpão

 

Resumo
Avaliação do temperamento e adestramento dos cães impactam em mais adoções definitivas
Artigo
Artigo publicado originalmente na Revista Clínica Veterinária, n. 148, p. 12-20, Ano XXV, 2020

 

Acelerando as adoções com menos devoluções
Avaliação do temperamento e adestramento dos cães impactam em mais adoções definitivas


Luciana Galeb, MV, CRMV-PR 6.294, MSc, PhD, Perita Judicial, Tribunal de Justiça do Paraná. lucianagaleb@hotmail.com
Alexander Welker Biondo, MV, CRMV-PR 6.203, MSc, PhD, Departamento de Medicina Veterinária, UFPR. abiondo@ufpr.br
Cláudia Turra Pimpão, MV, CRMV-PR 3.105, MSc, PhD, ECV/PUC-PR. claudia.pimpao@pucpr.br


Introdução

A Organização Mundial da Saúde, no ano de 2014, estimou que existem no Brasil aproximadamente 30 milhões de animais em estado de abandono, e que desses, 20 milhões eram cães e 10 milhões eram gatos. Esses animais abandonados encontram-se muitas vezes em situações de risco, pois ficam expostos a maus tratos, atropelamentos, agentes biológicos causadores de diversas doenças, como também sentem frio, calor, fome, sede e medo.

Vários países têm enfrentado dificuldades em realizar o controle populacional de cães. No Brasil, o tema também se destaca por representar problema de saúde pública e bem-estar animal 1. Além disso, eles podem representar potencial risco para as pessoas e outros animais (pois podem ocasionar mordeduras e arranhaduras); ao meio ambiente (por meio da depredação do patrimônio público e privado e predação da fauna local); à saúde pública (zoonoses) e à economia (referentes aos custos com estratégias de contenção e controle populacional) 2.

Dentro desse contexto, os abrigos de cães possuem um papel importante, pois realizam ações de recolhimento de animais doentes, mutilados, atropelados e/ou violentados, levando-os para tratamento, castração e posterior encaminhamento para adoção. Apesar disso, os cães que são acolhidos por abrigos ou programas de manejo populacional não estão isentos de passar por situações que põem à prova o seu bem-estar 2.

Aliados ao manejo sanitário, alguns abrigos procuram melhorar as chances de adoção dos animais sob seus cuidados por meio da reabilitação comportamental, uma vez que os problemas comportamentais estão entre as principais causas de abandono de animais, e, portanto, a prevalência desses problemas em cães de abrigo tende a ser maior quando comparada à população de cães domiciliados 3.

Adicionalmente, o alojamento em abrigos por longos períodos, com pouco contato social com outros cães ou seres humanos, pode diminuir o grau de bem-estar destes animais e torná-los mais propensos a problemas comportamentais 4 (Figura 1).


Figura 1. O temperamento difícil e a não resposta a comandos básicos podem refletir em uma menor oportunidade de adoção, particularmente de cães adultos, prolongando sua espera nos abrigos e criando um ciclo cada vez mais difícil de ressocialização. (Fernando Gonsales, 2019)


Temperamento e adestramento animal

O temperamento foi definido como a resposta do animal a situações novas ou desafiadoras 5 que se estabilizam ao longo do tempo, definindo as características individuais do cão 6. O temperamento modula o comportamento do animal e afeta diretamente o grau em que ele sofre estresse na presença de indivíduos da mesma espécie e seres humanos. No entanto, é bem sabido 7,8,9 que o temperamento também pode ser modulado por manipulações do ambiente que, dependendo da intensidade da interferência, também podem resultar em modificações permanentes do comportamento do cão.

Dependendo do temperamento característico do cão, ele terá pouca garantia de resultados positivos nos abrigos, principalmente relacionados à oportunidade de adoção. O temperamento do cão pode refletir nas estatísticas do abrigo, diminuindo ou aumentando os percentuais de retorno, a negação e a eutanásia por problemas de comportamento 10. O comportamento de um cão é muito mais importante como ponto de atenção potencial do adotante do que a aparência física do cão 11. Assim, entender, identificar e aplicar técnicas para modular o temperamento do cão do abrigo pode ser a chave para identificar estratégias adequadas para lidar com o problema. Deste modo, nos abrigos, o temperamento do cão se tornou um assunto de grande interesse 12,13,14.

A avaliação do temperamento em cães foi aplicada principalmente para avaliar informações úteis sobre comportamento como: nível de agressão, medo, agitação e socialização. Mas também pode ser útil para identificar padrões específicos e individuais de cães, a fim de aplicar a medida corretiva ou minimizar os problemas de comportamento. Um estudo demonstrou que os cães de abrigo, quando adotados como animais de companhia, apresentavam problemas de comportamento que poderiam ser previstos por testes de temperamento em 74,7% dos casos 15.

Assim, proporcionar um aumento do contato cão-humano positivo poderia tornar os cães do abrigo mais atraentes em termos comportamentais para adoção e, ao mesmo tempo, aumentar seu bem-estar 16,17. Muitas técnicas diferentes para melhorar a sociabilização do cão foram aplicadas em abrigos visando um aumento na taxa de adoção 18,19,20. O treinamento do cão foi o que demonstrou melhor proporcionar oportunidades de socialização, reduzir problemas de comportamento e melhorar o vínculo humano 21,22,23. Além disso, pode aumentar o controle do cão sob o ambiente, o que o faz lidar melhor com situações estressantes, preparando-o para a exposição de novos ambientes como um novo lar 24.

A maioria dos métodos de treinamento utiliza o condicionamento operante para estimular as respostas do cão aos comandos utilizando reforço positivo 25. Esse tipo de técnica é eficaz no treinamento de cães para executar comandos básicos de obediência, como também é uma ferramenta fácil de acompanhar a evolução do aprendizado do cão 26. No contexto do abrigo, o treinamento atua como uma ferramenta de atratividade para a socialização dos cães, facilitando também o controle do comportamento de cães indisciplinados ou agitados 27 (Figura 2).


Figura 2. No contexto do abrigo, o treinamento atua como uma ferramenta de atratividade para a socialização dos cães, facilitando também o controle do comportamento de cães indisciplinados ou agitados. (Fernando Gonsales, 2010)


O estudo brasileiro

A tese de doutorado da dra. Luciana Galeb teve por objetivo avaliar a reabilitação e a sociabilização de cães de abrigo para adoção. Uma das principais ferramentas para essa avaliação foi a análise do temperamento dos cães acompanhada do treinamento de comandos básicos com o objetivo final da adoção desses animais 28. Esse estudo teve como objetivo estabelecer um programa básico de treinamento para cães de abrigos e mensurar diferentes escores de temperamento individual e sua influencia nas taxas de adoção dos cães.

Foram utilizados nessa pesquisa aplicada um total de 30 cães saudáveis da própria PUCPR, sem antecedentes, abandonados ou perdidos, de tamanho médio entre 10 e 25 kg, com critério de seleção baseado no tempo de permanência no abrigo (mínimo de um ano). O abrigo da universidade tinha uma estrutura semelhante ao da maioria dos abrigos brasileiros, com canis de área interna e externa, possibilidade de cães se olharem uns aos outros e recintos posicionados lado a lado.

Até este estudo, os cães não tinham uma rotina de caminhadas para áreas externas ao abrigo. Eles, portanto, permaneceram na maior parte confinados em seus próprios recintos. Em um período de cinco meses, um programa de sociabilização e entretenimento para cães foi implementado na universidade com a colaboração ativa de estudantes do curso de medicina veterinária. Uma rotina básica de treinamento de comando foi implementada 3 dias por semana e foram selecionados 7 comandos de treinamento rotineiros e básicos de obediência (Figura 3). Cada cão foi treinado usando o método de condicionamento operante com reforço positivo (comida) em uma sessão de treinamento em grupo, realizada com o cão na coleira em um campo gramado e aberto adjacente ao abrigo. No total, 30 estudantes participaram durante cinco meses ininterruptos de treinamento, sendo um aluno designado como responsável por um cão.


Figura 3. O programa de sociabilização e entretenimento na PUC-PR contou com a colaboração de estudantes de medicina veterinária e incluiu cuidados com os animais e rotina de 7 comandos de treinamento rotineiros e básicos de obediência por 3 dias da semana.

Os alunos estavam em todas as sessões sempre acompanhados e sob a orientação de um especialista em etologia canina. Cada sessão ocorreu em três dias diferentes (segunda, quarta e sexta-feira) com duração mínima de 2 horas. Foram aplicados 7 exercícios básicos de comandos: 'Sentar', 'Deitar', 'Ficar', Dar a pata, 'Rolar', 'Rastejar' e 'Andar na coleira', e todos foram ensinados desde a primeira sessão de treinamento – vale ressaltar que alguns comandos são interdependentes de outros. Os cães, individualmente, foram observados durante as sessões de treinamento por um observador, a fim de verificar o aprendizado efetivo dos animais nos sete exercícios básicos de comando. Considerou-se que o cão aprendeu efetivamente o comando quando, ao final de cada sessão, o executou corretamente em três tentativas subsequentes e conseguiu lembrar-se de executá-lo corretamente na próxima sessão. Para o comando 'andar na coleira', considerou-se apenas que o aprendizado era eficaz quando o cão caminhava ao lado de seu acompanhante sem fazer repentinos puxões, voltar ou paradas durante a observação de 5 minutos.

O temperamento foi o primeiro dado de comportamento coletado antes de iniciar as sessões básicas de treinamento de comandos com a colaboração dos estudantes de veterinária. Os comportamentos avaliados foram a excitabilidade, a agressividade em relação as pessoas, agressividade em relação aos cães, a sociabilidade em relação aos humanos, a sociabilidade em relação a outros cães, a atenção ao ambiente, a dominância em relação aos humanos e a dominância em relação a outros cães. No total, todos os cães passam por 60 sessões de treinamento de duas horas, como uma oportunidade de aprendizado.

Todos os 30 cães do estudo foram levados para feiras de adoção contínua (por 3 meses consecutivos) aos sábados, realizadas em uma grande loja de animais em Curitiba, PR. A adoção do cão também aconteceu efetivamente pelo contato dos estudantes com pessoas (por exemplo, amigos, família etc.). No final de três meses de campanha, foi calculada a taxa de adoção (com ou sem êxito), e os cães restantes não adotados permaneceram sob o abrigo da Universidade.

Para atrair e incentivar a adoção, os cães do estudo que foram adotados passaram por uma visita mensal do médico-veterinário (3 meses consecutivos), a fim de ajudar o cão a se adaptar à nova casa; tiveram um período de 90 dias de atendimento veterinário gratuito; foram desparasitados; vacinados; receberam microchip e os tutores receberam 1 kg de ração seca e 1 sachê de ração úmida.

Todas as análises estatísticas foram realizadas no software SPSS, versão 14.0. Os dados de temperamento foram determinados por uma Análise de Componentes Principais (PCA). A PCA descreveu a relação entre os escores comportamentais de cada cão para cada uma das 8 categorias comportamentais (excitabilidade, a agressividade em relação as pessoas, agressividade em relação aos cães, a sociabilidade em relação aos humanos, a sociabilidade em relação a outros cães, a atenção ao ambiente, a dominância em relação aos humanos e a dominância em relação a outros cães), construindo um padrão de pontuação comportamental único para cada cão a partir de direções de vetores (com a mesma direção ou não), tipificando os indivíduos.


Figura 4. Em estudo pioneiro de impacto do temperamento e adestramento, cães em diferentes níveis foram levados para feiras de adoção por 3 meses consecutivos. Na foto, ação feita antes de jogo de futebol no Estádio Couto Pereira, do Coritiba Foot Ball Club.

Resumidamente, o PCA combina todas as variáveis ​​em uma matriz de dados e identifica associações entre elas, o que gera índices chamados componentes principais que descrevem a variação presente nos dados29.

O Modelo Linear Geral (GLM) seguido por Sperman foi utilizado para testar a associação entre os fatores apontados pela PCA, peso do cão, idade e número de semanas que os cães levaram para aprender os diferentes comandos. O GLM seguido de Kendall tau-b também foram utilizados para correlacionar a taxa de adoção por ser uma variável dicotômica. Todos os comandos de treinamento também foram correlacionados entre eles e a taxa de adoção pelo teste de Pearson.

A análise de componentes principais (PCA) identificou dois fatores primários, sendo que o alto valor positivo do 1º fator caracterizou os animais com agressividade e temperamento dominante. O valor alto e positivo do segundo fator indica animais com excitabilidade e atenção ao ambiente. As pontuações individuais dos cães são representadas, por exemplo, nos dois primeiros fatores, determinados e nomeados neste estudo como: fator 1 - 'agressividade / relacionamento' e fator 2 - 'atividade / exploração'. Deve-se ressaltar que todos os cães demonstraram sociabilidade em relação às pessoas, e nenhum exibiu agressividade em relação às pessoas, portanto, não foi encontrada variabilidade dos dados para essas duas variáveis, o que nos fez omitir esses resultados.


Gráfico dos dois fatores primários identificados na análise de componentes principais (PCA). Fator 1: agressividade/relacionamento. Fator 2: atividade/exploração. Comportamentos avaliados: excitabilidade, agressividade em relação às pessoas, agressividade em relação aos cães, sociabilidade em relação aos seres humanos, sociabilidade em relação a outros cães, atenção ao ambiente, dominância em relação aos seres humanos e dominância em relação a outros cães. Foram omitidos os resultados de sociabilidade e agressividade em relação às pessoas pois esses dados não variaram.

Os fatores de temperamento não foram estatisticamente significativos para a idade, peso, sucesso na adoção e nem para o tempo que os cães levaram para aprender os diferentes comandos.

Por fim, os diferentes comandos de treinamento foram correlacionados entre si e entre o sucesso na adoção dos cães, e pudemos encontrar alguma correlação entre eles.

O comando "deitar" foi correlacionado positivamente com "ficar", "dar a pata" e "rastejar". O comando de 'Rolar' foi correlacionado positivamente com 'dar a pata' e 'rastejar'. A taxa de adoção foi negativamente correlacionada com "deitar", "ficar" e "rastejar".

Os testes de temperamento realizados nos trinta cães do abrigo deste estudo buscam características individuais específicas de cada cão durante uma série de testes mais curtos. Essas medidas foram submetidas a uma análise de componentes principais (PCA) dos resultados de oito avaliações de padrões comportamentais de cães em abrigos e revelaram dois fatores que refletem padrões comportamentais em cães. Embora os componentes identificados neste estudo sejam consistentes com pesquisas anteriores30,31,32,8,33, quando comparamos o temperamento (Fatores de PCA) entre a taxa de adoção, idade e peso do cão e até entre o tempo de aprendizado de comandos básicos, não foram encontradas diferenças estatísticas. O teste de temperamento utilizado neste estudo avalia características de comportamento selecionadas dos cães e mede a intensidade de cada um.

Para o presente estudo, mesmo observando os cães em três tipos diferentes de ambiente, o teste de temperamento não demonstra relação com as taxas de adoção e a capacidade de treinamento dos cães. No entanto, quando comparamos os sub-testes de treinamento, podemos observar uma correlação importante com a taxa de adoção e dentro dos comandos de treinamento.

Sete tipos diferentes de comandos de obediência ao treinamento foram utilizados no presente estudo e a velocidade de aprendizado de cada cão foi usada como variável de resposta. No entanto, esse tipo de subteste reflete não apenas a capacidade cognitiva do cão para aprender o comando, mas também a vontade de cooperar com os seres humanos13 e também fará parte da comunicação humano-cão34. Esse tipo de treinamento comportamental que relata obediência mostrou ser mais eficaz usando recompensas positivas consistentes35,36,21 como estímulos padronizados e foram amplamente aplicadas37,20,38.

Um treinamento baseado em recompensa aumenta a motivação e a aptidão do cão para aprender mais comandos, pois antecipa as recompensas e aumenta a controlabilidade do ambiente com resultados previsíveis, melhorando o bem-estar do cão17,39. Essas técnicas aplicadas nos abrigos podem tornar os cães mais adotáveis20 e provar serem práticos em um ambiente da vida real.

Os resultados do nosso estudo sugerem que o treinamento de cães de abrigo também pode aumentar a taxa de adoção, especialmente quando o cão pode aprender os comandos mais difíceis rapidamente ('deitar’, 'ficar' e 'rastejar'). Esse vínculo pode estar relacionado ao fato de que o treinamento cria mais oportunidades para interações positivas com seres humanos40, além de tornar o ambiente mais previsível e controlável para o cão, implicando em situações menos estressantes41, tornando-o mais atraente para potenciais adotantes. Hennessy et al. 200242, relataram resultados semelhantes em cães expostos a uma rotina geral de treinamento para garantir que ele desenvolva habilidades básicas projetadas para facilitar a transição para um novo lar43. Sabe-se também que a prevalência de comportamentos indesejáveis ​​em cães teve associação entre frequência a aulas de obediência, com significativamente menos problemas comportamentais em cães treinados com técnica de recompensa44,45,46,22.

Vários estudos analisaram a relação potencial entre as experiências de treinamento e a prevalência de problemas comportamentais47,48,49,50, no entanto, por outro lado, poucos estudos relataram os efeitos do treinamento de obediência na taxa de adoção de cães de abrigo20, e nenhum estudo, treinando o cão com diferentes comandos básicos de obediência relacionou o comando em si com a taxa de adoção. 

Luescher e Medlock (2009)20, em seu estudo, apontam esse desafio, mencionando que uma multiplicidade de comportamentos treinados dificulta a identificação exata dos comportamentos necessários e suficientes para aumentar as adoções.

Continuando os achados do presente estudo, a associação da aprendizagem dos 7 comandos também foi correlacionada entre eles neste estudo. O comando "deitar" foi correlacionado positivamente com "ficar", "dar a pata" e "rastejar"; e "rolar" foi correlacionado positivamente com "dar a pata" e "rastejar"; o que implica uma associação positiva (grandes valores de "deitar" e "rolar" tendem a ser associados a grandes valores de "dar a pata" e "rastejar", por exemplo). Os outros comandos não tiveram a tendência a aumentar ou diminuir, pois o valor de p foi menor que 0,05.


Figura 5. O estudo demonstrou que, quando cães aprendem comandos específicos de treinamento, mais rapidamente são adotados.

Uma associação positiva significa que, se um cão aprende o comando "deitar", por exemplo, ele também aprenderá os comandos "dar a pata" e "rastejar" também. No entanto, esses comandos correlacionados apresentaram baixos valores de associação (inferiores a 0,5) entre eles, o que representa que não foram aprendidos em momentos semelhantes.


Considerações finais

Este estudo demonstrou que o tempo gasto pelos cães para aprender comandos específicos de treinamento foi um indicador importante para aumentar a taxa de adoção do cão.

Mensurar de forma focal alguns comportamentos bem definidos demonstraram não ser um método eficiente para relatar o temperamento real do cão, além de não estar relacionado à taxa de adoção. Ter um estudante-voluntário como auxiliar provou ser uma maneira prática de implementar um programa de treinamento em um abrigo de cães de universidade como parte do curso de aprendizado.


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