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Geral

A importância do exame eletrocardiográfico em cães e gatos


Publicado em: 03/06/2011 12:03 | Categoria: Geral

 

Artigo

O eletrocardiograma (ECG) tem origem em 1786; em 1901 W. Einthoven desenvolveu um galvanômetro de fita que funcionava através de um mecanismo de corda e o chamou de eletrocardiógrafo, nomeando o registro na fita de ondas P, Q, R, S e T (4).
Eletrocardiografia é o registro de campos elétricos gerados pelo coração a partir da superfície corpórea (6). O eletrocardiógrafo combina eletrodos no corpo em derivações, constituindo dois pólos (um positivo e um negativo); composto pelas derivações bipolares I , II e III, as derivações unipolares aumentadas avR, avL e avF, e as derivações precordiais unipolares CV5RL, CV6LL, CV6LU e V10 (2; 4; 6). Trata-se de um método diagnóstico não invasivo, atraumático, indolor, de fácil obtenção e complementar à avaliação clínica, registrado em papel milimetrado (1, 4, 6). É indicado (2, 6) :

- Para diagnóstico preciso de arritmias detectadas no exame físico;

- Avaliação pré – cirúrgica;

- Fornece indícios de efusão pericárdica;

- Para monitoração de periocardiocentese;

- Em casos de síncopes ou convulsões;

- Na avaliação de pacientes submetidos á terapia com fármacos cardíacos;

- Em casos de cardiomegalia observada em radiografias;

- Registro permanente da freqüência e ritmos cardíacos em animais
arrítmicos;

- Para assegurar um procedimento anestésico seguro e mais eficiente;

- Em animais que apresentem cianose;

- Nas doenças sistêmicas que acarretem miocardite tóxica como na
piometra, pancreatite, uremia e neoplasias;

- Em distúrbios eletrolíticos, especialmente em alterações do potássio;

- Em casos de início agudo de dispnéia;

- Para auxiliar no diagnóstico e prognóstico das doenças cardíacas;

- Em check-ups anuais, especialmente em paciente adultos e idosos.

O exame eletrocardiográfico é realizado com o paciente devidamente acomodado em uma mesa com isolamento elétrico, em decúbito lateral direito (1). Não há necessidade de sedação. Tem duração aproximada de 3 minutos, podendo durar mais caso seja necessária monitoração de eventos arrítmicos (2, 6).


O ECG fornece informações sobre freqüência cardíaca, ritmo e condução intracardíaca bem como sobre isquemia miocárdica; pode também sugerir a presença de aumento de uma câmara específica, doença miocárdica, isquemia e doença pericárdica (3, 5, 6).

O ECG isoladamente não pode ser utilizado para o diagnóstico de aumento de câmaras cardíacas, insuficiência cardíaca congestiva ou para avaliação das contrações cardíacas (3). O ECG não avalia a anatomia cardíaca bem como a atividade mecânica do coração. (3 e 4)



Portanto com o uso deste recurso diagnóstico podemos assegurar uma anestesia segura e eficaz, realizar exames preventivos de check-up, realizar o correto acompanhamento de pacientes cardiopatas em tratamento e detectar prematuramente uma doença cardíaca, iniciando imediatamente o tratamento e então assegurando uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

 

Referências Bibliográficas:

1- Eletrocardiografia para o Clínico de Pequenos Animais. 1ª edição – editora Roca – ano 2004. Larry P. Tilley e Naomi L. Burtnick.

2- Manual de Cardiologia para Cães e Gatos. 3ª edição – editora Roca – ano 2002. Larry Patrick Tilley e John- Karl Goodwin.

3- Manual de Eletrocardiografia de Pequenos Animais. FMVZ – USP – ano 2004. Maria Helena Matiko Akao Larsson.

4- Medicina Interna de Pequenos Animais. 3ª edição – editora Mosby Elsevier - ano 2005. Richard W. Nelson e C. Guilhermo Couto.

5- Segredos em Cardiologia de Pequenos Animais. 1ª edição – editora Artmed – ano 2006. Jonathan A. Abbott.

6- Semiologia Veterinária – A Arte do Diagnóstico. 1ª edição – editora Roca – ano 2004. Francisco Leydson F. Feitosa.

 

Dra. Patrícia Mara Dainesi Addeo
Médica Veterinária
Pós-graduanda em Cardiologia – Anclivepa SP

Milena Yamada Suski
Graduanda - PUC PR


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