Nishimori argumenta que é dever do poder público proteger a fauna e proibir práticas que coloquem em risco os animais ou que os submetam à crueldade. Segundo o deputado, a qualidade e o tamanho das jaulas dos circos são muitas vezes impróprios, além da falta de cuidados veterinários que os animais ficam expostos. O deputado lembrou ainda que o uso de animais selvagens traz riscos de acidentes, devido, geralmente, à precariedade da segurança oferecida durante a apresentação dos espetáculos. Em Curitiba, o uso de animais em circos está oficialmente proibido desde anteontem, quando o prefeito Beto Richa (PSDB) sancionou um projeto de lei semelhante aprovado pela Câmara Municipal. Com a sanção, a prefeitura tem, agora, 90 dias para regulamentar a lei.

A proposta curitibana foi aprovada pela Câmara em 11 de outubro deste ano e é de autoria do vereador Jair Cezar (PSDB). O vereador disse, na ocasião, que a proibição contribuirá para desestimular os maus-tratos a que, muitas vezes, os animais circenses são submetidos. Pela lei curitibana, o descumprimento da lei implicará multa de 3.000 Ufirs (o equivalente a R$ 3.180), além do cancelamento da licença. Para cada dia em funcionamento irregular após interdição, os estabelecimentos terão multa adicional de 1.000 Ufirs (R$ 1.060). Curitiba é uma das 50 cidades brasileiras que já proibiu animais em circos. Se o projeto de Nishimori vier a ser aprovado pela Assembléia, outras 398 cidades do Paraná terão proibição semelhante.


Fonte: Gazeta do Povo