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Exame afasta suspeita de Newcastle no Pará
Segundo Mota, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) só considera Newcastle quando o Índice de Patogenicidade Intracerebral (IPIC) encontrado nas amostras é igual ou superior a 0,70, capaz de causar a mortalidade em aves. Na Ilha de Mosqueiro, as amostras analisadas apresentaram IPIC de apenas 0,18. Neste caso, a OIE dispensa notificação. O mesmo material foi submetido a teste para a influenza aviária, com resultados negativos.
Marcelo explicou que a morte das aves pode ter sido causada pela falta de acompanhamento sanitário ou manejo inadequado, já que a propriedade não dispunha de assistência veterinária. O vírus isolado na região não está relacionado à mortalidade das aves. Ele adiantou também que os trabalhos de investigação epidemiológica realizados até agora não identificaram outras suspeitas de doenças em aves nas propriedades da ilha.
Mota lembrou que, mesmo sem a comprovação da doença, o ministério e a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) já haviam tomado as medidas sanitárias recomendadas pelas legislações federal e estadual para controle e erradicação de doenças. Entre elas, a interdição da propriedade sob suspeita, coleta e amostras biológicas para diagnóstico laboratorial, cadastro de todas as categorias de aves, vigilância clínica e epidemiológica.
Segundo o coordenador, não há nenhuma propriedade com criatório de aves comerciais num raio de 10 quilômetros daquela onde se registrou a suspeita. Ele destacou ainda que o Mapa vem intensificando o trabalho de vigilância sanitária em todo o país bem como a capacitação de veterinários. Até o final deste ano, o ministério promoverá 14 cursos para treinamento de 500 veterinários oficiais.
Fonte: Ministério da Agricultura