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Piscicultura caminha para sistema de integração na região Oeste


Publicado em: 06/12/2007 10:49 | Categoria: Geral

 



De acordo com o técnico da Emater em Maripá, César Ziliotto, apesar de não ser o caso do município em que atua, atualmente há produtores que têm na alevinagem a principal atividade na propriedade. “Hoje existem os produtores de alevinos e os que engordam peixes. Porém, a tendência agora é que a produção seja dividida em três etapas, a alevinagem, o cultivo intermediário, que seria dos juvenis, e a engorda final”, menciona. Conforme o profissional, a piscicultura deve passar a ser trabalhada no mesmo sistema de integração da avicultura e da suinocultura. É o que uma cooperativa de Cafelândia pretende fazer. Do ponto de vista de Ziliotto, a novidade trará benefícios para o setor. “Acredito que este é o caminho ideal. Com esta nova modalidade, conseguiremos melhorar ainda mais a qualidade do produto, além de o produtor precisar de menos investimentos na atividade. Aquele que faz a engorda poderá receber o juvenil com cerca de 30 gramas, um alevino uniforme e mais resistente, e os predadores deverão causar menos prejuízo, havendo menor mortalidade”, comenta.







Fonte: EMATER

 

 

                                                                                                    

Na região, quase 100% do que se produz são tilápias. As larvas são coletadas nos tanques com a utilização de telas. Em seguida são depositadas em tanques de concreto, onde são alimentadas com ração, para que haja uma boa reversão sexual. Depois de dez dias, os alevinos vão para tanques de terra, onde permanecem por mais 20 dias e atingem cerca de dois a três centímetros e é concluído o processo de reversão, quando eles estão prontos para serem comercializados, logo após passarem por uma classificação, em que as menores unidades são descartadas. Especialização em engorda apesar de Maripá ter a maior produtividade de tilápias por área da região, não há no município produtores de alevinos. Conforme César Ziliotto, os piscicultores locais se especializaram na engorda e não houve interesse na alevinagem. “Hoje Maripá importa todos os alevinos que necessita. Isto ocorre apenas porque não houve interesse por parte dos piscicultores em produzir alevinos. Se fosse o caso, seria necessário um investimento, já que é preciso ter não só tanques com matrizes, mas também preparo ter locais para desova, para multiplicação, laboratório, por causa da reversão sexual, usar hormônios para tratar... então é um processo diferente da engorda”, comenta. Segundo o técnico, Maripá adquire aproximadamente 2,5 milhões de alevinos por ano. Há poucos piscicultores que irão alojar peixes em janeiro, sendo que a maioria já alojou. “Os produtores comerciais têm quase 100% dos tanques alojados. Nossa expectativa é de que na safra 2007/2008, que já está em andamento, sejam produzidas cerca de 950 toneladas de tilápia em aproximadamente 55 hectares de lâmina d’água”, finaliza.
Processo
Um dos produtores que pretende ampliar o trabalho com juvenis é Werner Rekowski, morador do distrito de Novo Sarandi, Toledo. Ele é proprietário da Piscicultura Progresso. Conforme o técnico em piscicultura da empresa, Jorge Paulo Fucks, atualmente há poucos juvenis, mas a procura tem sido grande por peixes nesta fase, razão pela qual há intenção de ampliar a produção. “A demanda por alevinos juvenis, com cerca de 10 gramas, tem sido crescente, por isso vamos investir nesta atividade”, garante. A alevinagem começou a ser negócio na propriedade há cerca de 11 anos, quando se produzia em torno de um milhão de alevinos por safra (de outubro a maio). Atualmente são produzidos em torno de cinco milhões de alevinos por safra. A comercialização é feita para piscicultores da região, bem como para os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “Os principais compradores na região são dos municípios de Maripá, Toledo e Nova Aurora”, cita Jorge. Na visão dele, a piscicultura, de modo geral, tende a crescer. “Tudo depende do produtor final e da indústria, mas o mercado está cada vez melhor para a tilápia”, avalia. A propriedade está preparada para dobrar a produção, conforme a demanda for aumentando. “Hoje temos 28 tanques, que representam 5,8 alqueires de lâmina d’água. A atividade vai bem, para esta safra aumentamos cerca de 30% a produção de alevinos e temos potencial para dobrar a produção”, diz. Conforme o técnico em piscicultura, o custo de produção, atualmente, representa em torno de 80% da produção. “Mesmo assim é uma atividade rentável, pois como a produção de alevinos acontece em cerca de 30 dias, há um giro rápido e por isso se torna viável”, observa. Para o produtor que faz a engorda, o milheiro custa hoje em torno de R$ 47.
Demanda crescente
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