O Centro de Controle de Zoonoses faz parte do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde e é o 43º equipamento de saúde inaugurado desde 2005. “É mais uma obra que representa a prioridade à área de saúde dada pela administração municipal”, afirmou Richa.

O novo espaço tem 808 metros quadrados de área construída, com 16 canis individuais e doze coletivos, com capacidade para alojar, simultaneamente, de 40 a 140 cães, dependendo do porte e da raça. É o dobro da capacidade do antigo Centro de Zoonoses, no Guabirotuba. Além do espaço maior para os cães apreendidos, o local tem outra novidade: vinte gatis individuais para observação de gatos suspeitos de transmitir doenças.

Além de mais canis e dos gatis, estão sendo transferido do Guabirotuba para a CIC o setor administrativo do Centro de Zoonoses e serviços, como atendimento a casos relacionados à fauna sinantrópica (como ratos e baratas), vacinação anti-rábica, doação de pequenos animais de rua ou abandonados e pós-operatório de animais castrados pelo programa de controle da população canina em áreas de risco.

O Centro de Zoonoses da CIC terá uma segunda etapa de obras que, quando concluída, deixará o local com 1.114 mil metros quadrados de área. Com a expansão, o centro receberá mais serviços, como baia para abrigo temporário de grandes animais, programa de controle de roedores e remoção de animais mortos. Por enquanto, estes serviços continuarão sendo feitos na sede do Guabirotuba.

Para a professora de Bem-Estar Animal do curso de medicina veterinária da Universidade Federal do Paraná, Carla Molento, a abertura do centro na CIC representa bem mais que um prédio novo. “É o reflexo do aumento do padrão técnico do serviço, da adoção de uma estratégia coerente, por parte da Secretaria Municipal da Saúde, com o que há de mais atual em todo o mundo na área de controle de cães. A administração municipal está de parabéns”, disse Carla.

Fazem parte da estratégia mencionada pela professora o fim da captura indiscriminada de cães de rua e a desativação da prática de extermínio desses animais. Essas iniciativas são de 2005 e foram tomadas em acordo entre Prefeitura, universidades e entidades militantes da causa animal, por terem se revelado medidas insuficientes para conter o crescimento populacional de cães de rua.

O próximo passo da Prefeitura será investir na orientação para a população sobre a importância da posse responsável de animais. Além da Secretaria da Saúde, que se ocupa dos animais na medida em que eles podem causar danos aos moradores da cidade, também já estão sendo envolvidas no projeto as secretarias de Governo, Meio Ambiente, Defesa Social, Educação, Comunicação Social e a Diretoria de Trânsito da Urbanização de Curitiba S/A (Diretran/Urbs).

A idéia é chamar a atenção dos curitibanos sobre a importância de manter seus cães vacinados, desverminados e fora das ruas. “As cidades que conseguiram resolver essa questão investiram na orientação aos moradores e em Curitiba não deve ser diferente”, disse o vice-prefeito e secretário da Saúde, Luciano Ducci.


Fonte: Jornal do Estado