Geral
Há exatos quatro anos H5N1 desafia o mundo; sem tréguas
Na seqüência (janeiro de 2004) pelo menos cinco países reconheciam, oficialmente, a presença do vírus em seu território. Além da Coréia do Sul, de quem partiu o primeiro registro, o Japão, Taiwan, Tailândia e Vietnã.
A partir daí ocorreria uma sucessão contínua de casos que até agora envolveram cerca de 60 países da Ásia, Europa e África e ocasionaram a perda, em conseqüência direta da doença ou por sacrifício sanitário, de alguns bilhões de aves, determinando mudança radical no comércio avícola internacional. Isso, sem contar as mais de 200 vítimas humanas fatais do H5N1, em alguns casos sob condições que (esse é o temor da humanidade) podem levar ao surgimento de um vírus pandêmico.
Essa triste história, porém, começou antes do registro de 12 de dezembro de 2003, sabendo-se hoje que no decorrer daquele ano a China registrou perdas humanas cujas causas só mais tarde seriam correlacionadas ao H5N1. Já na avicultura, os primeiros grandes problemas parecem ter ocorrido na Tailândia, onde a morte de milhões de aves chegou a ser atribuída à salmonelose. E essa recusa ou delonga em reconhecer imediatamente o verdadeiro agente causal da doença (fato que foi observado não só na Tailândia, mas em inúmeros outros países afetados e que, infelizmente, se repete até hoje) parece ser o fator que mais contribuiu para a disseminação (quase mundial) do vírus.
Na linha do tempo em que a OMS – Organização Mundial da Saúde acompanha a atual evolução do H5N1 e seus efeitos nas aves e no homem, a raiz de todo o problema se encontra 11 anos atrás, em 1996, quando o H5N1 foi isolado numa criação comercial de patos de uma granja de Guangdong, na China. Seria apenas mais um problema sanitário para a avicultura não fosse o fato de, no ano seguinte (1997), em comportamento absolutamente incomum para os vírus aviários da Influenza, ter infectado 18 pessoas e causado a morte de seis delas.
Na realidade, pois, não são quatro anos de H5N1 e, sim, uma década.
Fonte: Avi Site