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Carne terá de atender exigências da UE


Publicado em: 13/12/2007 09:40 | Categoria: Geral

 



“Não há porque discutir o aspecto político; devemos manter isso numa discussão técnica”, comentou o ministro, evitando entrar no jogo dos produtores irlandeses, que, numa estratégia com forte pressão política, defendem o embargo aos cortes brasileiros como forma de evitar que o rebanho local seja contaminado pela febre aftosa. Os irlandeses alegam que os cortes podem “carregar” o vírus da doença.








Fonte: Gazeta do Povo

Viana enumerou uma série de medidas que devem ser seguidas pelo governo e pela iniciativa privada caso a UE adote novas regras para importação do Brasil. Ele defende que o governo federal deve delegar aos estados a fiscalização das empresas responsáveis pela certificação de bovinos. Além disso, pede “fiscalização austera” do cumprimento das regras de acordos comerciais.Depois de presidir reunião da Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacionais, Gilman Viana Rodrigues, que é secretário de Agricultura de Minas Gerais, disse que há comentários de que poderá haver redução no número de frigoríficos que têm autorização para venda para o mercado europeu. Além disso, os europeus podem autorizar algumas fazendas para a criação de gado cuja carne será remetida ao bloco. Uma das restrições já está em vigor. Ela é referente à autorização para se exportar gado. Animais de área não-autorizada só poderão ser exportados após noventena em área autorizada e após confirmação de que os dados da GTA conferem com as informações armazenadas na propriedade. Ele lembrou que a missão da UE que esteve no Brasil no mês passado mostrou insatisfação com relação ao sistema de rastreabilidade do gado e às Guias de Trânsito Animal (GTAs). De acordo com ele, os europeus estavam insatisfeitos, e “com razão”, com esses dois itens. Questionado se essas fragilidades poderiam confirmar o boato de um possível embargo ao produto nacional, o ministro deu a seguinte resposta: “Não acredito em embargo. Isso é boato. Mas poderão ocorrer algumas restrições sim.” Até o momento o governo brasileiro não foi notificado sobre restrições ao produto nacional, afirmou ontem o diretor do Departamento de Assuntos Sanitários e Fitossanitários da Secretaria de Relações Internacionais, Luiz Carlos de Oliveira, do Ministério da Agricultura. Stephanes disse que qualquer restrição aos produtos agrícolas brasileiros preocupa, mas que é importante que o governo tenha capacidade para administrar as crises.

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