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Piscicultores do Norte otimistas com a legalização da atividade
“Agora os piscicultores saem da pressão da fiscalização punitiva dos embargos legais para entrarem na normalidade produtiva, com a perspectiva de regularização ambiental da atividade”, assegura Lula, que desde 2002 é o animador da confraria tecnológica Amigos do Peixe, organização informal criada para reunir uma vez por mês a maioria dos integrantes da cadeia produtiva da aqüicultura regional.
A resolução determina que todos os viveiros, tanques, pequenos reservatórios, viveiros alagados ou lagoas destinadas para a produção de peixes em áreas urbanas ou rurais, já existentes e utilizando-se de águas continentais (água doce), deverão ser regulamentados e, obrigatoriamente, licenciados junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP.
Ao tornar legal o criatório, destaca o extensionista, “o setor pode caminhar tranqüilo, inclusive crescer, já que as inúmeras propriedades rurais hoje desativadas podem retornar à produção de peixe de água doce, e estarem regularizadas no prazo de até 12 meses”.
No Norte, compreendendo os municípios integrantes das regiões de Apucarana até Santo Antônio da Platina, os criadores produzirão neste ano, estima Lula, mais de uma mil tonelada de peixe (80% da espécie tilápia) nos 200 hectares de lâmina d´água, incluídos neste total a produção dos 2 mil tanques redes existentes nas represas da Bacia do Paranapanema.
Um dos criadores de peixe que esta confiante nesta nova resolução para saír da ilegalidade e providenciar a regularização é o piscicultor Antônio Délcio Simplício, 36 anos, casado, pai de três filhos, e na atividade há quatro anos e três meses.
Arrendatário de
Com expectativa de dobrar a produção em
O piscicultor cambeense reconhece que a aqüicultura desenvolvida dentro das recomendações técnicas e regulamentada ambientalmente é uma grande protetora dos rios. “Primeiro porque para criar peixe necessitamos de água de qualidade, e ela só é obtida com a propriedade adotando práticas de conservação dos solos, evitando as enxurradas e os agrotóxicos contaminantes. Segundo, os tanques do viveiro fazem a contenção e filtram a água, permitindo o brotamento de novas minas d´água”, assegura o esperançoso Antônio, aliviado com a vigência do protocolo conjunto.
Fonte: Emater