A barreira sanitária foi instalada em parceria entre o Mapa e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), que cedeu os técnicos. Por se tratar de região de fronteira, a competência para atuar nesses casos é da União. Desde ontem à tarde, todos os veículos que entrarem no Estado oriundos do Paraguai serão submetidos a pulverizações de ácido cítrico (produto que mata o vírus da aftosa). O Mato Grosso do Sul já fechou a fronteira com o Paraguai e com o Paraná, impedindo a entrada de animais.

A suspeita da doença ocorreu na província de San Pedro de Ycumandyú, localizada a poucos quilômetros da fronteira com o Mato Grosso do Sul. A Secretaria de Agricultura do MS acusou o Paraguai de ''exportar'' febre aftosa para o Brasil. Inclusive, o MS diz que os focos da doença confirmados no ano passado teriam origem em animais que foram trazidos daquele País. O Mapa tem outro posicionamento sobre isso. ''Não temos nada oficial, temos apenas uma suspeita que não foi comunicada oficialmente pelo Paraguai. Não podemos tratar o nosso país vizinho como eternamente suspeito de febre aftosa'', disse o superintendente do Mapa no Estado, Walmir Kowaleswki de Souza.

Já o secretário de Estado da Agricultura do Paraná, Newton Pohl Ribas, está preocupado com as notícias de suspeita da doença no Paraguai. ''Achamos que deveria ser montada uma outra barreira em Foz'', afirmou. Pohl Ribas e Kowaleswki estiveram ontem em Londrina para participar da reunião do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), realizado na sede da Sociedade Rural do Paraná.

A montagem de uma barreira sanitária foi acertada na terça-feira à tarde depois de uma conversa, por telefone, entre Ribas e Kowaleswki. Até aquela data, a superintendência do Mapa não havia recebido nada oficialmente sobre as suspeitas da doença no Paraguai. Depois de uma conversa entre a superintendência e o Departamento de Sanidade Animal do ministério é que ficou definido a montagem de uma barreira em Guaíra.


Fonte: Folha de Londrina