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Mapa detecta foco de Newcastle em Manaus
Segundo nota técnica divulgada pelo Departamento de Saúde Animal (DSA), no dia 21 de junho foram colhidas amostras de soro e suabe de nove patos e seis galinhas numa dessas propriedades e no dia 05 de julho o material foi enviado ao Laboratório Nacional Agropecuário de São Paulo (Lanagro-SP). No momento da colheita do material as aves não apresentavam sinais clínicos da doença.
No dia 07 de agosto o laboratório confirmou o isolamento viral em amostra colhida em um pato. Em seqüência, foi determinado o índice de patogenicidade intracerebral (IPIC) de 1,88. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) considera doença de Newcastle quando o IPIC encontrado nas amostras é igual ou superior a 0,70.
Após a confirmação laboratorial, todas as medidas previstas no Plano Nacional de Contingência foram adotadas, incluindo ações de restrição de trânsito de animais e produtos de risco. A última movimentação de aves ocorreu no dia 11 de julho. Todas as aves da propriedade foram sacrificadas ontem (14/08).
As atividades de monitoramento das rotas das aves migratórias estão previstas no Plano Nacional de Prevenção à Influenza Aviária e à doença de Newcastle. Nos meses de maio e junho, o Mapa, com apoio da Comissão Executiva de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Estado do Amazonas (Codesav), visitou todas as propriedades localizadas em um raio de 10 km em volta do sítio de aves migratórias localizadas próximo à área urbana e ao pólo industrial de Manaus.
Segundo a nota técnica da DSA, os trabalhos de vigilância estão sendo realizados pelo serviço oficial e, até o momento, não há outras suspeitas de presença de sinais clínicos compatíveis com a doença de Newcastle nas propriedades sob vigilância.
A nota técnica destaca que apesar de o estado do Amazonas não possuir expressiva atividade avícola comercial, o interesse do estudo de vigilância nessa área se deve a sua posição geográfica estratégica nas rotas de migração.
O foco detectado em Manaus fica 3.050 km distante da propriedade onde ocorreu foco da mesma doença no Estado do Rio Grande do Sul. As investigações epidemiológicas realizadas, diz a nota do DSA, permitem descartar vínculo epidemiológico com o episódio ocorrido no município de Vale Real, no Rio Grande do Sul.
Fonte: Ministério da Agricultura