Geral
Ibama trata jaguatirica com acupuntura
Heloísa Helena, como está sendo chamada pelos veterinários por conta de sua brabeza, chegou ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama bastante debilitada, desnutrida e sem nenhuma sensibilidade nas patas traseiras. O veterinário do Ibama, Diogo Faria, acredita que a jaguatirica foi trazida da selva por algum turista e acabou fugindo, ou sendo solta, no centro da cidade.
"Ela chegou aqui muito debilitada e sem conseguir andar, apenas se arrastando com as patas dianteiras. A gente podia enfiar uma agulha nos membros inferiores que ela não sentia nada. Provavelmente a lesão foi causada por alguma pancada muito forte próxima à coluna, que a deixou paralisada", explica o veterinário.
Diogo, que já conhecia a técnica de acupuntura realizada em animais domésticos, decidiu procurar o veterinário Emanuel Pires, parceiro do Ibama e especialista nesta técnica em Manaus, para tentar o tratamento na jaguatirica. "Já realizo o tratamento de acupuntura em animais domésticos há muitos anos, mas é a primeira vez que tentamos em animais silvestres. E os resultados têm sido surpreendentes", comemora Pires.
Em sua quarta sessão de acupuntura, o animal já consegue andar e se arrisca a escalar pequenas alturas. "Ela ainda não consegue saltar e o seu andar ainda não está firme, mas os progressos foram impressionantes em um curto espaço de tempo", garante Diogo.
Os técnicos do Ibama acreditam que o animal irá se restabelecer com mais algumas sessões de acupuntura e com a fisioterapia diária. "Alguns médicos e veterinários ainda resistem a aceitar a acupuntura para tratar seus pacientes, mas isso vem mudando há alguns anos. Os resultados alcançados com utilização desta técnica têm comprovado que ela é realmente eficiente", diz o veterinário do Ibama.
Fonte: Ibama