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Pesquisadores desenvolvem antimicrobiano


Publicado em: 30/06/2008 08:37 | Categoria: Geral

 



Já patenteada, a nova tecnologia – que tem aplicação comercial em vários setores, inclusive na produção e processamento de aves e ovos – está disponível, para uso sob licenciamento, na Fundação de Pesquisas da Universidade da Geórgia.


Falando sobre o lançamento, a equipe da Geórgia comenta que, só nos EUA, os casos de doenças decorrentes de toxinfecções de origem alimentar ocasionam cerca de 300 mil internações hospitalares e ao redor de cinco mil mortes anuais. A (cada vez mais ampla e fulminante) disseminação de patógenos é atribuída, em parte, à rápida distribuição de alimentos por todo o país. No início deste mês, um violento surto de salmonelose ocasionada por tomates crus (!) levou para o hospital mais de 300 pessoas e foi detectado ao mesmo tempo em 28 diferentes estados e até mesmo no Canadá.


O descontaminante mais usado na atualidade para a redução da carga de bactérias nocivas normalmente presentes em vegetais, frutas e carnes avícolas é o banho de cloro. O problema é que, frente à sensibilidade desse elemento químico aos componentes do alimento e, sobretudo, às matérias estranhas presentes na água clorada, a atividade do cloro se reduz e algumas bactérias conseguem sobreviver.


Esse desafio seria equacionado através do aumento do teor de cloro na água de tratamento. Mas o produto, em concentrações mais elevadas, não só é tóxico, como também produz odores e aparência indesejáveis em determinados alimentos. Além disso, requer manipulação com equipamentos específicos e pessoal treinado. Para completar, em excesso é nocivo ao meio ambiente.


“Nós não podemos confiar no cloro para eliminar os patógenos presentes nos alimentos”, afirma Michael Doyle, diretor do Centro de Segurança Alimentar da Universidade da Geórgia e um dos técnicos responsáveis pelo desenvolvimento do novo antimicrobiano. “Esta nova tecnologia é eficiente, segura para o consumidor e para quem opera no processamento de alimentos e não afeta a aparência ou a qualidade do produto. E ainda pode prolongar a vida útil de alguns produtos”, completa.


Doyle é uma autoridade internacionalmente reconhecida no campo da segurança alimentar. O foco de suas pesquisas tem sido exatamente o desenvolvimento de métodos e produtos capazes de detectar e controlar a presença de bactérias patógenas em todas as fases de produção dos alimentos, desde o produtor até o consumidor. Ele tem atuado como consultor científico de diversos órgãos, entre eles a Organização Mundial da Saúde (OMS), a FDA, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o Departamento de Defesa e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA).


Desenvolvida por Doyle e por Tong Zhao, pesquisador do Centro de Segurança Alimentar da Universidade da Geórgia, a nova tecnologia de descontaminação utiliza uma combinação de ingredientes que matam a bactéria no espaço de um a cinco minutos após a aplicação. Pode ser utilizada como spray ou solução para imersão e sua concentração pode ser ajustada para o tratamento de alimentos mais frágeis (por exemplo, pés de alface), bem como para a desinfecção de equipamentos e veículos.


“A eficiência, facilidade de armazenamento e de aplicação e o baixo custo deste novo antibacteriano tornam o produto recomendável não apenas para a indústria alimentícia, mas também para os pontos de comercialização (atacado e varejo) e, inclusive, para o uso doméstico, restaurantes, bases militares, etc.”, afirma Gennaro Gama, responsável pela comercialização do produto, observando que, “diante da seqüência de casos de contaminação de alimentos, o desenvolvimento dessa nova tecnologia é extremamente oportuno”.



Fonte: Avi Site
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