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Concorrência em reduto holandês


Publicado em: 22/07/2008 09:24 | Categoria: Geral

 



As vacas holandesas sempre foram consideradas imbatíveis na região. Chegam a 45 litros de leite ao dia. Os primeiros animais vieram com os imigrantes holandeses, na década de 50. Com 23 anos de vantagem sobre os pardo-suíços, experimentados desde 1974, representam 85% do rebanho leiteiro. No entanto, essa liderança não passa mais sem questionamento. A vaca dourada tem até duas crias a mais e só perde produtividade no final da lactação. Ou seja, pode render mais leite que a branca e preta se for considerada toda a vida do animal. Além disso, propriedades de relevo acidentado são menos apropriadas para as pintadas. Outra discussão: os prêmios à concentração de gordura oferecidos pela indústria podem compensar produção inferior. Essas questões mantêm o gado pardo-suíço em segundo lugar, com participação entre 5% e 10% do rebanho da bacia de Castro.


“Hoje não faltam informações de produtividade e sobre as características dos animais. O produtor tem condições de saber qual raça é mais rentável antes de investir numa mudança”, afirma o maior defensor da alternativa nos Campos Gerais, Herbert Wickbold Filho, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Gado Pardo-Suíço.


Ele considera que a raça é mais adequada para fazendas em que as condições do relevo ou do clima não permitem que as vacas holandesas batam recordes. Assim, com produção aproximada, as pardo-suíças rendem mais inclusive na competição direta, pela maior concentração de gordura no leite, que chega a 4%.


O especialista em bovinocultura de leite Hernani Alves da Silva, que acompanha a criação de gado leiteiro na região de Castro pela Emater, afirma que, em questões como tamanho e nutrição, as raças holandesa e pardo-suíça são parecidas. Ele conta que os produtores não estão trocando a vaca pintada pela dourada, mas investindo nas vantagens de cada raça. Os plantéis de jérsei e mestiço também seguem em situação estável, observa.


A vaca holandesa é mais vantajosa para quem fica com o animal só em sua melhor época de produção, como ocorre em boa parte das fazendas, afirma Maurício Cesar Yung, professor de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. A conclusão vem do manejo de 122 animais na fazenda experimental Gralha Azul, em Fazenda Rio Grande, na região de Curitiba. As vacas pardo-suíças (25%) alcançam 30 litros de leite ao dia no local, cinco a mais que a média dos melhores plantéis dessa raça, mas ainda assim ficam atrás das holandesas.



Fonte: Gazeta do Povo
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