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Profissões ligadas ao mundo animal
“No total, o curso de Medicina Veterinária tem cinco anos de duração e exige que os futuros profissionais tenham bastante identificação com a atividade, não bastando simplesmente o gosto por animais”, informa Masaru. “Após o término, para obterem a cédula de identidade profissional, os formandos devem realizar Exame Nacional de Certificação”. Trata-se de uma prova composta por duzentas questões, aplicada conforme a resolução 691/2001 do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Para serem aprovados, os realizadores da mesma devem acertar 101 questões.
A Medicina Veterinária é regulamentada no Brasil pela Lei 5.517/1968 e o dia 9 de setembro é instituído como Dia do Médico Veterinário. Como cerca de 37% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro é gerado pelo agronegócio e o médico veterinário pode atuar em todos os elos da cadeia produtiva ligada à fabricação de produtos de origem animal, a profissão é considerada promissora e o mercado de trabalho bastante amplo, embora um pouco saturado nos grandes centros urbanos.
“Há muito trabalho para os médicos veterinários no interior do Brasil, onde o mercado se mostra bastante aberto e promissor na área do agronegócio. Entretanto, como hoje em dia grande parte dos estudantes de Veterinária vivem na área urbana e muitas vezes não se mostram dispostos a irem trabalhar no interior, o mercado de trabalho se encontra saturado nas grandes cidades”. Nelas, a grande maioria dos profissionais da área trabalham com pequenos animais (geralmente animais de companhia) em clínicas, consultórios e hospitais.
“A maioria dos estudantes entra no curso de Medicina Veterinária pensando em trabalhar com pequenos animais. As instituições de ensino devem mostrar a eles que existem uma série de outras opções”, diz Masaru. Entre estas opções estão produção de grandes animais em propriedades rurais, nutrição, reprodução, genética, defesa sanitária (controle de doenças), tecnologia de alimentos (como responsáveis técnicos de laticínios e frigoríficos), manejo de animais silvestres e produção de vacinas, medicamentos, rações e suplementos minerais.
Pela Lei Federal 4.950-A, de 1966, os médicos veterinários têm como piso salarial seis salários mínimos para seis horas de trabalho. Para jornadas com mais de seis horas, são acrescentados adicionais de diferença. A lei não tem obrigatoriedade de cumprimento para órgãos públicos, que muitas vezes oferecem valores bem mais baixos. No mercado como um todo, também existem diversos empregadores privados que, de forma ilegal, deixam de fornecer o piso a seus veterinários. “Infelizmente, o que acaba prevalecendo é a lei de mercado. Necessitando trabalhar, muitos profissionais acabam se sujeitando a receber valores mais baixos, o que desvaloriza a profissão, que necessita de muita competência e constante atualização”, declara o presidente do CRMV-PR.
Zootecnia
O profissional de Zootecnia trabalha basicamente na produção animal, tendo grande atuação na produção de alimentos de origem animal, no manejo, reprodução, melhoramento genético de rebanhos, nutrição animal, entre outras áreas. Ele é capaz, segundo folder do curso de Zootecnia oferecido pela UFPR, “de gerar e aplicar conhecimentos e tecnologia na obtenção econômica e ecológica de produtos de origem animal. Sua atividade está diretamente ligada ao sistema agroindustrial, desde a obtenção de matérias-primas com alta qualidade e produtividade, de forma não agressiva ao meio ambiente, até a industrialização dos produtos animais e sua comercialização”.
Assim como o curso de Medicina Veterinária, o curso de Zootecnia tem cinco anos de duração. No Estado, é oferecido por oito instituições, sendo três na capital (UFPR, PUCPR e Faculdades Espírita). O primeiro do Brasil foi criado em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, no ano de 1966. A profissão é regulamentada pela Lei Federal 5.550, de 1968 e o Dia do Zootecnista é comemorado em 13 de maio.
“Em muitos campos, o zo-otecnista trabalha em parceria com o médico veterinário, que também pode exercer funções na área de zootecnia. Às vezes, os dois profissionais chegam a concorrer no mercado de trabalho. Ainda mais que os veterinários, os zootecnistas devem procurar emprego no interior do País, onde as possibilidades são amplas”, afirma Masaru. Nas cidades, é possível trabalhar no setor industrial, dentro de laboratórios e escritórios, ou com ensino, ministrando aulas em instituições de ensino superior. Os profissionais não possuem piso salarial e costumam ter remuneração variada.
Fonte: Paraná-Online