Durante a reunião, o Conselho se posicionou favoravelmente à criação de um programa de controle e erradicação da espécie no local. Mauro Britto, biólogo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), explicou que a medida foi tomada por conta da modificação genética sofrida pelos javalis na região. “O conselho deliberou a favor da erradicação dos javalis, pois estes animais já não podem mais ser considerados javalis. Na região o que se tem é um cruzamento do javali com porco doméstico, que resultou em um animal extremamente agressivo e que traz sérios danos ao meio ambiente”, argumenta.

Segundo informações da assessoria de imprensa do IAP, nada ficou definido com relação ao abate dos animais capturados no Parque de Vila Velha. “Ficou definido que será elaborado o programa de controle, mas ainda não há prazos para isto. Por enquanto, o procedimento de captura e abate deve ficar suspenso no parque”.

A representante do Grupo Fauna de Proteção aos Animais, Andresa Jacobs, reafirmou que os ambientalistas não são contrários à captura dos animais, mas ao abate. “Estes animais foram introduzidos aqui pelo homem, por conta de interesse econômico. Os javalis foram vítimas da ação do homem e não devem ser exterminados”, enfatiza.

Paralelamente, o grupo aguarda resposta do Ministério Público do Paraná sobre o procedimento de extermínio adotado pelo IAP. Há cerca de uma semana, foi encaminhado ofício ao órgão pedindo parecer sobre a ação.

Fonte: Diário dos Campos Gerais