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Animal de estimação precisa estar imunizado para férias no litoral


Publicado em: 22/12/2008 11:06 | Categoria: Geral

 


A proteção contra a dirofilariose não é obrigatória, mas pode salvar a vida do animal. Mais conhecida como verme do coração, esta é uma doença grave, transmitida por um mosquito normalmente encontrado em regiões litorâneas. Os principais sintomas são tosse, cansaço, sono excessivo e indisposição para atividade física.

Não há vacinas que previnam a dirofilariose, mas há vermífugos à base de ivermectina que podem ser dados aos cachorros antes da viagem, para que ele esteja protegido. Eles matam o verme que transmite a doença assim que ele entra na corrente sangüínea.

"Por isso, antes de levar o cão ou gato à praia, é fundamental que o dono o leve ao veterinário. Além de recomendar a medicação adequada, o profissional pode fornecer o atestado zoosanitário e atualizar a carteira de vacinação do bichinho", lembra Márcio Rangel de Mello, médico veterinário e conselheiro efetivo do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo.

Além dos documentos obrigatórios, o veterinário considera ideal que os animais sejam transportados em caixas especiais, na parte traseira do carro.

Doenças mais comuns

Problemas gastrointestinais que provocam diarréia, vômito e desidratação são os mais comuns entre cachorros no verão, por conta do calor e do longo tempo de exposição do alimento ao sol e à alta temperatura --os alimentos ficam muito tempo nas vasilhas, acabam estragando e fazendo mal ao animal.

Como a estação é marcada pelas chuvas, as enchentes trazem às áreas urbanas os ratos e, com eles, a leptospirose. Já as redes de esgoto podem espalhar os vírus da parvovirose, que podem provocar vômitos, diarréia hemorrágica e desidratação profunda. Há no mercado vacinas disponíveis para prevenir as duas doenças.

Por outro lado, apesar de existir uma vacina eficaz na prevenção da leishmaniose, Mello indica que ela seja dada ao animal apenas depois que seja feito o diagnóstico, pois, segundo o veterinário quando ele é feito depois da vacina não é possível saber se o cachorro não tem a doença ou se o resultado negativo é apenas efeito da vacina. Para ele, o melhor jeito de espantar a doença é usando coleiras que tenham no princípio ativo uma substância que possa repelir o mosquito palha, que transmite a doença.

Cachorro na praia

Vale lembrar que em muitos lugares não se pode levar animais à praia. Essa proibição é municipal e diversas cidades brasileiras já a adotaram --é o caso de Ubatuba e São Sebastião, no litoral norte de São Paulo.

A Prefeitura de Ubatuba instituiu como pena o pagamento de uma multa para quem levar um cão à praia. Em seu site, o município desestimula a população a carregar seus bichos de estimação à areia, pois eles podem sofrer de desidratação e insolação, ter dermatites por causa da umidade e problemas gastrointestinais ao ingerir água da praia. A prefeitura afirma também que um cachorro pode agredir desconhecidos, ser contaminado por parasitas e transmitir doenças ao homem.

A multa para o dono de animal encontrado na praia é de R$ 100. Caso o bicho precise ser retirado pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses, são mais R$ 20, além da taxa de permanência no centro até o cão ser recolhido pelo dono.


Para os desavisados, a ONG SOS Praias Brasil vem fazendo uma campanha de conscientização em vários pontos do litoral brasileiro. "Avisamos que existem leis que penalizam os donos", explica Heloísa Azevedo, presidente da entidade.

Fonte: Folha Online

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