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Cientistas anunciam óvulos a partir de células-tronco em ratos


Publicado em: 13/04/2009 09:58 | Categoria: Geral

 


Atualmente, diferentes círculos científicos assumem que a produção de ovócitos é interrompida antes do nascimento na maioria dos mamíferos, incluindo os seres humanos.

O artigo sobre a pesquisa realizada na China foi publicado no jornal Nature Cell Biology. "A descoberta pode ter implicações importantes na medicina reprodutiva e regenerativa," escreveram os pesquisadores.

Dois outros cientistas --sem relação com o estudo-- afirmaram que os resultados são interessantes, mas que carecem de confirmação independente.

Comandados por Ji Wu, da School of Life Science and Biotecnology da Universidade Shangai Jiao Tong, os pesquisadores disseram ter isolado células-tronco femininas de linha germinativa a partir de ovários de ratas adultas e de cinco dias de idade.

As células foram cultivadas por mais de seis meses e depois transplantadas para ovários de ratas inférteis, disseram os cientistas. Eles acrescentaram que oitenta por cento dessas fêmeas engravidaram após reprodução natural.

"Esses resultados sugerem que os ovócitos podem se regenerar em fêmeas estéreis a partir do transplante de células-tronco de linha germinativa", escreveram os cientistas.

Segundo Azim Surani, professor de fisiologia e reprodução do Gurdon Institute, da Universidade de Cambridge, "os homens produzem esperma continuamente, mas o número de óvulos produzidos pelas mulheres é definido no nascimento." Ele não tem relação com o estudo realizado na China.

"Agora esse novo estudo com ratos sugere que também há células-tronco em ovários, que podem ser cultivadas e ser transformadas em óvulos viáveis, podendo gerar descendentes, após a transferência de volta para o ovário. A descoberta, se for confirmada independentemente, pode melhorar a compreensão dessas células-tronco ovarianas e colaborar com o avanço da pesquisa sobre a infertilidade feminina."

Outro pesquisador sem ligação com o estudo, no entanto, pediu cautela: "É preciso muito trabalho para entender o que são realmente essas novas células, e para verificar as descobertas e os fatos", disse Robin Lovell-Badge, do MRC National Institute for Medical Research, na Grã-Bretanha.




Fonte: Gazeta do Povo

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