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Saúde confirma quatro casos de Influenza A (H1N1)
Outros 93 testes de casos suspeitos e em monitoramento deram negativo. Ou seja, eles não estão com a doença. “O vírus chegou ao Brasil, mas não existe evidência de que circule no país. A situação está absolutamente sob controle”, disse o ministro. “Quero reiterar que a população fique tranquila. Isso demonstra que o sistema de vigilância no Brasil funciona com qualidade”.
A realização do diagnóstico específico da doença respiratória foi feita a partir da chegada ao Brasil dos kits com os insumos necessários, que foram enviados aos três laboratórios de referência da Rede de Vigilância de Influenza – Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro, e Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, e Instituto Evandro Chagas, em Belém.
As análises das amostras de secreções respiratórias coletadas nos pacientes suspeitos tiveram início nesta quinta-feira. Os resultados saíram antes das 72 horas inicialmente previstas. Os kits são suficientes para realizar todos os testes necessários no país, no momento. “Vamos continuar fazendo o mesmo trabalho, só que agora com uma arma muito importante, porque temos um reagente pronto para fazer o diagnóstico”, avaliou o ministro.
José Gomes Temporão ressaltou que, no Brasil, há 12,5 mil tratamentos prontos e matéria-prima para outros 9 milhões. “O Ministério da Saúde, os estados e os municípios, e também os médicos e os hospitais, todos estamos preparados e em plena ação para dar segurança à população e conter a doença no nosso país”.
Temporão também fez um alerta à população: “As pessoas não devem se automedicar, pois, além de perigoso para a sua saúde, os medicamentos podem mascarar a doença.”
Detalhamento dos casos
Caso 1
• Paciente de São Paulo que esteve no México de
• Começou a manifestar os sintomas no dia 24 de abril.
• Ficou internado entre 29 de abril e 4 de maio.
• Passa bem.
• Como o maior período de transmissibilidade do vírus é de dez dias, este paciente não corre risco de infectar outras pessoas.
Caso 2
• Paciente de Minas Gerais que esteve no México de
• Começou a manifestar os sintomas no dia 26 de abril, ainda no México.
• Foi internado no mesmo dia em que chegou ao Brasil.
• Recebeu alta no dia 29 de abril porque só tinha febre relatada, sem aferição por termômetro.
• Permaneceu em isolamento domiciliar até o dia 6 de maio.
• Passa bem.
• Como o maior período de transmissibilidade do vírus é de dez dias, este paciente não corre risco de infectar outras pessoas.
Caso 3
• Paciente de São Paulo que esteve
• Chegou ao Brasil no dia 28 de abril.
• Começou a manifestar os sintomas no dia 29.
• Não foi internado porque, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, nesta data, a Flórida não era considerada área afetada pela doença nos Estados Unidos. Isto só aconteceria no dia 2 de maio.
• Foi mantido em isolamento domiciliar.
• Passa bem.
• Nenhum dos familiares manifestou sintomas.
Caso 4
• Paciente do Rio de Janeiro que esteve no México.
• Retornou ao Brasil no dia 3 de maio.
• Começou a manifestar os sintomas no dia 2 de maio, ainda no México.
• Está internado desde o dia 5 de maio.
• Passa bem.
Monitoramento - Em 25 de abril, quando o país foi notificado pela OMS sobre casos confirmados de infecções de um novo subtipo de vírus da gripe – Influenza A (H1N1) – o governo brasileiro acionou o Gabinete Permanente de Emergência de Saúde Pública para acompanhar e determinar ações de prevenção à doença no Brasil. Desde então, o grupo se reúne todos os dias, na sede do Ministério da Saúde. Participam representantes dos Ministérios da Saúde, Agricultura, Defesa, Presidência da República e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Ações – O Brasil está bem preparado para uma possível pandemia de influenza. Isso porque o governo brasileiro já havia começado a estruturar sua rede de vigilância para influenza em 2000. Por causa de uma então possível pandemia de gripe aviária, em 2003, o governo brasileiro constituiu um comitê técnico para a elaboração do plano de preparação brasileiro para o enfrentamento de uma pandemia de influenza. Esse plano está pronto há mais de dois anos e começou a ser colocado em prática no momento
O Brasil conta com 54 centros de referência,
Viajantes – Com a elevação do nível de alerta da OMS de 4 para
Para aumentar a vigilância, a ANVISA ampliou seu quadro de funcionários nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, principais portas de entrada dos vôos internacionais no Brasil. No momento, 82 funcionários se revezam em três turnos, em Guarulhos, e 55, no Galeão.
Ainda durante os voos, as tripulações das aeronaves estão orientadas a informar os passageiros sobre sinais e sintomas da influenza A (H1N1). Adicionalmente, a tripulação solicitará que passageiros com esses sintomas se identifiquem à tripulação. Esses passageiros identificados serão encaminhados para os postos da ANVISA ainda no aeroporto.
Ao desembarcar, todos os viajantes procedentes de países afetados, recebem folder/panfleto com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção, higiene e orientações para procurar assistência médica. Complementarmente, a Infraero veicula, nesses aeroportos, informes sonoros sobre a doença.
Todos os passageiros vindos de outros países têm suas Declarações de Bagagem Acompanhada (DBA), retidas pela ANVISA. A DBA atua como fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave.
O passageiro procedente de país afetado que sentir os sintomas em casa após 10 dias de retorno da viagem deve procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.
Nas embarcações que chegam ao país, o comandante ou representante legal deve informar imediatamente à autoridade sanitária todos os casos que se encaixam na definição de suspeito para influenza A (H1N1). Nessa situação, as embarcações só recebem autorização para atracar após a inspeção sanitária a bordo, realizada em fundeio ou área designada.
Resíduos sólidos provenientes de aeronaves ou embarcações com casos suspeitos serão classificados como resíduos do tipo A, ou seja, potencialmente infectantes. O descarte desses resíduos passará por procedimentos de inativação microbiológica antes da destinação final.
Fonte: Ministério da Saúde