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Curso capacitará profissionais em vigilância na fronteira com Paraguai


Publicado em: 08/03/2010 13:03 | Categoria: Geral | Autor: Polianna Nogueira Marcelino

 


Formar gestores e profissionais de saúde em atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico é o objetivo do mestrado profissional em vigilância em saúde nas fronteiras, promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Trata-se do primeiro mestrado profissional da Ensp com participação internacional, além de ser voltado para profissionais da área de vigilância em saúde dos 42 municípios da faixa de fronteira entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai. As inscrições estão abertas até 11 de março e podem ser feitas na Plataforma Siga.

O curso será coordenado pela pesquisadora Mariza Theme, da Ensp, e pelo pesquisador Rivaldo Venâncio, coordenador da futura unidade da Fiocruz naquele estado. De acordo com Mariza, o processo para a criação do mestrado ganhou força com o desenvolvimento do Sistema Integrado de Saúde das Fronteiras (SIS-Fronteira), voltado para a integração de ações e serviços de saúde na região fronteiriça do Brasil. "O SIS-Fronteira foi criado em 2005, pelo Ministério da Saúde, e tem um foco importante na vigilância em saúde", afirmou.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem uma faixa de fronteira de 15.719 quilômetros, que corresponde a 27% do território nacional, já que a faixa de fronteira é demarcada pela área de 150 quilômetros de largura paralela à linha divisória terrestre. "A fronteira entre o Mato Grosso do Sul e Paraguai tem 42 municípios e o curso pretende capacitar profissionais que estão na linha de frente da vigilância em saúde dessas cidades, capacitando-os a identificar os problemas e desenvolver pesquisas que sejam relacionadas às demandas específicas dessa área. A enorme diversidade desse território, que possui características e demandas específicas com relação a questões de vigilância em saúde, problemas de perfil epidemiológico, e outras questões, motivaram a organização do curso", revelou.

O mestrado é destinado aos profissionais de nível superior que atuam na área de vigilância em saúde vinculados ao nível central da Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul ou aos núcleos regionais de saúde; aos técnicos de nível superior da área de vigilância em saúde vinculados às secretarias municipais de Saúde; à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); à Universidade Federal da Grande Dourados; e a técnicos de nível superior indicados pelo Ministério de Saúde Pública e Bem-Estar Social do Paraguai. Participam do curso a Fiocruz Cerrado-Pantanal, a Universidade Federal da Grande Dourados, a Escola de Saúde Pública do Mato Grosso do Sul, o Instituto de Medicina Integral Prof. Fernado Figueira, a Univesidade Federal do Mato Grosso do Sul e a Anvisa.

O mestrado profissional em vigilância em saúde nas fronteiras será realizado na Universidade Federal da Grande Dourados e terá três grandes módulos. Também serão propostos seminários sobre temas como a saúde na fronteira do Mato Grosso do Sul e Paraguai; a violência como problema de saúde pública na fronteira; impactos do aquecimento global sobre a saúde; consumo de drogas e outros. Para a coordenadora, o bom andamento do mestrado possibilitará a realização de outros cursos com o mesmo objetivo. "A região fronteiriça é de uma diversidade enorme e temos mais de 500 municípios em todo o Brasil nessa faixa territorial com realidades diferentes, demandas específicas com relação a questões de vigilância em saúde e perfil epidemiológico. Enfim, teremos esse primeiro curso voltado especificamente para o Paraguai e, conforme o andamento, a proposta da Secretaria de Vigilância em Saúde é de expandir essa capacitação para as outras regiões de fronteira do país".


Fonte: Fundação Oswaldo Cruz
 

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