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Secretários do Mapa debatem comércio de carnes com autoridades canadenses e nort
Os secretários de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, e de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, integram, nesta semana, delegação de altos funcionários do governo brasileiro a Otawa (Canadá). Nestas quarta (10) e quinta-feiras (11), eles representarão o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gerardo Fontelles, em missão organizada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) para retribuir a visita de vice-ministros canadenses ao Brasil, em março de 2009. Naquele momento, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, recebeu a vice-ministra da Agricultura do Canadá, Yaprak Baltacioglu.
As autoridades do Brasil e Canadá tratarão de temas pendentes e de interesse mútuo no comércio agropecuário, como o andamento da análise de risco para febre aftosa em Santa Catarina, único estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre da doença sem vacinação. O governo brasileiro tem interesse em abrir o mercado canadense para exportação de carnes bovina e suína in natura.
“Como o processo de abertura de mercado em alguns países é extremamente lento, por questões burocráticas, essas conversas bilaterais são importantes para garantir que os assuntos de interesse do Brasil estejam sempre na agenda governamental”, comentou Porto.
O comércio das carnes bovina e suína in natura também é tratado, nesta segunda-feira (8), pelos secretários brasileiros, com autoridades sanitárias do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em Washington. Célio Porto lembra que as negociações com os norte-americanos completam dez anos e, embora o processo tenha avançado, a liberação desse mercado ainda depende de uma consulta pública e da aprovação do parlamento norte- americano.
Importação
Em 2008, os Estados Unidos importaram do Canadá, Austrália e Nova Zelândia mais de 630 mil toneladas de carne bovina, num total de US$ 2,75 bilhões. Nesse mesmo ano, Austrália e Nova Zelândia também venderam a carne para o mercado canadense, que importou 218 mil toneladas, com receita de US$ 685 milhões.
Os norte-americanos compraram 238 mil toneladas de carne suína do Canadá e da Dinamarca, ao preço de US$ 761 milhões. Já o Canadá, que compra o produto dos Estados Unidos, em 2008, importou 127 mil toneladas por US$ 420 milhões.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento