Esses desafios serão discutidos no II Paraná Orgânico, encontro de agricultores, consumidores, técnicos e estudantes, que será realizado entre 1 e 3 de dezembro, no Parque Newton Freire Maia, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. No parque, foi instalado o Centro de Referência de Agroecologia, uma autarquia da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

A segunda edição do Paraná Orgânico é resultado do crescimento da produção de alimentos orgânicos de acordo com o secretário Pohl Ribas, que lançou o evento nesta sexta-feira (10). No encontro também terá feira de produtos e artesanato, palestras sobre alimentação e consumo responsável, dinâmicas de campo e gastronomia, destinados ao público do meio rural e urbano.

Agricultores – O Paraná conta hoje com quatro mil agricultores de alimentos orgânicos cadastrados na Emater. Segundo Pohl Ribas, o Estado é o primeiro produtor nacional de soja orgânica, mandioca e derivados da cana-de-açúcar como açúcar mascavo e cachaça orgânica. A área ocupada em todo o Estado com produção de orgânicos já é de 11.530 hectares. O Estado já é referência em produção orgânica, sendo que a Região Metropolitana de Curitiba se destaca na concentração da produção de frutas e hortaliças. A região Sudoeste é destaque na produção de soja orgânica e em Marechal Cândido Rondon, no Oeste, foi implantada a produção de tilápia orgânica, exportada para os Estados Unidos.

Para Pohl Ribas, o objetivo do encontro é debater os temas para ajudar o agricultor comercializar melhor seus produtos. Para isso, vai ser focada a necessidade de certificação e rotulagem dos produtos. Atualmente, os alimentos orgânicos já ganharam espaço em cerca de 40 gôndolas de supermercados em todo o Estado. “A intenção é ampliar a oferta para atender um público comercial ávido por esses produtos”, disse o secretário. Ele apresentou uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal do Abastecimento da Prefeitura de Curitiba, que na capital há um potencial de 500 mil consumidores de produtos orgânicos.

“Com base nessa pesquisa, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento quer estimular ainda mais a produção orgânica para atender esse consumo”, explicou o diretor do Centro de Agroecologia Airton Brizola. Segundo ele, o estabelecimento de políticas públicas em apoio aos orgânicos é mais resultado da pressão popular que já identificou a necessidade de que as atividades humanas devem ser mais integradas ao meio ambiente. Para Brizola, a agricultura convencional tem gerado muitos resíduos agressivos ao meio ambiente, que vai contra os anseios da sociedade. 


Fonte: Seab-PR