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NOTA TÉCNICA SOBRE RAIVA


Publicado em: 14/05/2010 08:38 | Categoria: Geral | Autor: Ana Maria Ferrarini

 


Na segunda-feira, dia 10 de maio de 2010, foi confirmado um caso de raiva em um gato que morreu na área do Distrito Sanitário Pinheirinho. Dados preliminares da investigação sugerem que a infecção desse animal possa ter ocorrido no contato do mesmo com um morcego infectado.

Atualmente, o contato com morcegos infectados, não somente hematófagos, mas também frugívoros e insetívoros constitui-se no maior risco de ocorrência de raiva humana em Curitiba.

Há também o risco de contato com gatos, cachorros e mesmo animais de grande porte que possam estar infectados por contato com morcegos.

Em Curitiba, o último caso de raiva humana ocorreu em 1975 e o último de raiva canina em 1981. Em 2002, aconteceram casos de raiva transmitida por morcegos hematófagos em cinco bovinos, um eqüino e um suíno. Entre 2006 e 2009 foram identificados morcegos frugívoros e insetívoros infectados pelo vírus da raiva no município.

Para a situação atual, todas as medidas de controle já estão sendo tomadas, incluindo:

• Profilaxia anti-rábica (vacinação e soroterapia) dos contatos ;
• Ação de bloqueio de foco mediante vacinação anti-rábica de cães e gatos na localidade (raio de 500m);
• Orientações para a comunidade das medidas preventivas.

Solicitamos o repasse à toda equipe das UMS/CMUM destas informações sobre vigilância e profilaxia da raiva com especial enfoque ao contato com morcegos. Segue também, anexo, quadro resumo da profilaxia pós-exposição (que pode ser impresso e colocado nos consultórios e sala de curativo) e capítulo do Guia de Vigilância Epidemiológica referente à RAIVA.

Lembrar que, até o momento, existem no mundo raros casos de sobreviventes à raiva sendo necessário, portanto, orientar rigorosamente os esquemas de profilaxia da doença, incluindo o esquema pré-exposição para pessoas com risco de exposição permanente ( veterinários, biólogos, tratadores de animais, guias de ecoturismo, etc) e o esquema de profilaxia pós- exposição (acidente/contato com animais de risco).
Profilaxia de raiva pós-exposição em casos de contato com morcego. De acordo com o guia de Vigilância Epidemiológica do MS, Caderno 13, página 21.

“Muitos relatos na literatura médica mostram que o risco de transmissão do vírus pelo
morcego é sempre elevado, independentemente da espécie e gravidade do ferimento. Por isso, toda agressão por morcego deve ser classificada como grave.”

Esta situação é reforçada na orientação da página 23 sobre adentramento de morcego em edificações:

“Adentramento é definido como a entrada de morcegos no interior de edificações. Nessa situação de adentramento, deve-se avaliar o risco de exposição do paciente. A profilaxia da raiva, com uso de soro e vacina, deve ser indicada nos casos de contato com o morcego e, também, nos casos duvidosos em que não é possível descartar o contato, como, por exemplo, quando o informante ao acordar se depara com um morcego no interior de sua casa.”

ORIENTAÇÕES SOBRE CUIDADOS COM MORCEGOS:

1) Qualquer espécie de morcego pode transmitir a RAIVA para o ser humano ou
outro mamífero;
2) As pessoas devem evitar o contato direto com morcegos vivos ou
mortos;
3) Não se deve provocá-los e nem tentar capturá-los;
4) Manter pessoas e animais afastados do ambiente ou local onde o
morcego se encontra;
5) Caso entre em contato direto e/ou for mordido, DEVE-SE PROCURAR A
UMS/CMUM MAIS PRÓXIMA PARA DEVIDO TRATAMENTO (SORO E VACINA).
6) Ao encontrar um morcego caído ou em local não comum deve-se ligar para o telefone 156;
7) Caso algum animal doméstico entre em contato com morcegos, deve-se manter o animal sob observação e avisar imediatamente a Secretaria Municipal de Saúde, via 156, para as devidas providências;
8) Caso perceba alteração de comportamento ou se ocorrer morte do animal que teve contato com o morcego avisar imediatamente a SMS pelo telefone 156.

ORIENTAÇÕES SOBRE AGRESSÕES POR CÃO E GATO:

1) Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
2) Procurar com urgência a UMS/CMUM mais próxima;
3) Não matar o animal e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo de raiva;
5) Dar água e alimentar normalmente o animal, em local seguro, para que
não possa fugir ou atacar outras pessoas e animais;
6) Voltar imediatamente à UMS/CMUM se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento;
7) Nunca interromper o tratamento profilático sem determinação do serviço de saúde.



Curitiba, 12/05/10.


PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE
CENTRO DE SAÚDE AMBIENTAL
CENTRO DE EPIDEMIOLOGIA

 

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