Em breve o Instituto Emater deve prestar uma orientação mais abrangente a piscicultores, maricultures e aquicultores do Estado. A iniciativa é resultado de um convênio, firmado entre o Ministério da Pesca e Aquicultura e o Instituto que tornará possível a contratação de dez técnicos de nível superior para prestar assistência técnica a esse público. Também serão adquiridos veículos e equipamentos para o trabalho e uma parcela dos recursos será aplicada na capacitação de técnicos, pescadores e aquicultores.

Ademir Rodrigues, diretor técnico do Instituto, afirmou que o projeto tem uma grande importância para o Paraná. “O fato de a Emater poder contratar técnicos específicos para essa área vai fortalecer a cadeia produtiva dos pescados. Teremos um grupo de técnicos discutindo a atividade, dando uma orientação mais adequada e organizando pescadores e aquicultores”, ressalta. O diretor do Instituto Emater lembra que o Ministério da Pesca está fazendo um trabalho relevante para a produção de pescados em todo o Brasil, levando aos pescadores as políticas públicas para que eles possam melhorar sua atividade. “Da mesma forma como hoje o agricultor familiar tem o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o pescador vai contar com o crédito desse programa para investir na pesca e aproveitar melhor esse recurso natural de que dispõe” conclui Rodrigues.

Os novos extensionistas do Instituto Emater serão contratados por 18 meses e nesse período vão atender cerca de 2.800 pescadores e aquicultores (criadores de ostras e piscicultores que criam peixes em tanques-redes e viveiros cavados na terra). Serão profissionais com formação específica e conhecimento multidisciplinar para que contribuam com a evolução da cadeia, levando em consideração o aumento da produção, a preservação ambiental e a preocupação social.

De acordo com Luiz Danilo Muehlmann, coordenador estadual do projeto Aquicultura e Pesca do Instituto Emater, as ações serão desenvolvidas em seis municípios do litoral e dez na área lindeira (Oeste do estado). “Estamos direcionando esse trabalho para o aumento de renda e melhoria da qualidade de vida de pescadores e aquicultores. O projeto prevê que os profissionais atuem na produção, conservação, processamento, agregação de renda e comercialização dos produtos da pesca e da aquicultura”, afirma. Danilo acrescenta que a intenção do projeto é também melhorar as condições de trabalho do pescador, com o direcionamento de recursos dos programas oficiais para a reforma ou substituição de motores e embarcações.

“Esse projeto pretende dar sustentabilidade à atividade com boas práticas de manejo, respeito ao tamanho dos peixes que são capturados, observância do período de defeso e dos locais onde a pesca é proibida por lei”, explica Danilo. Ele acrescenta ainda que há outros aspectos que o pescador deve observar no exercício da atividade e que devem ser divulgadas pelos técnicos como o respeito à capacidade de suporte dos tanques e o manejo correto do pescado para que ele chegue com qualidade ao consumidor. “É preciso também estabelecer práticas sanitárias para cada tipo de produção, reduzir a emissão de efluentes e estabelecer medidas mitigadoras do estress nesses animais. Além disso, organização é fundamental para o sucesso da atividade” afirma. Na opinião de Danilo o projeto do Instituto Emater deve melhorar sensivelmente a cadeia da pesca e aquicultura do Paraná, com assistência técnica para resolver os problemas que os piscicultores e aquicultores enfrentam no dia a dia.

Fonte: Instituto Emater-PR