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Abate humanitário em peixes é bem recebido em feira
A iniciativa conta com o apoio da Comissão de Zoonoses e Bem-Estar Animal, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR).
“A morte por sufocação, dependendo da espécie, pode levar horas. Nesse período de stress, é liberada na corrente sangüínea uma grande quantidade de adrenalina e cortisol. Nosso objetivo é minimizar o sofrimento do animal na hora do abate, fazendo uma secção na medula espinhal do peixe. Assim, ele passa pelo processo de insensibilização (perda da consciência)”, explica Carla, que também é coordenadora do Laboratório de Bem-Estar Animal da UFPR. Um dos benefícios do abate humanitário, além de garantir menor sofrimento ao animal, continua a professora, é a melhoria na qualidade da carne.
Peixe Vivo
A estimativa de comercialização de peixe na feira é de 23 toneladas e de visitação é de 15 a 20 mil pessoas. “Estamos tentando conscientizar a população que o animal tem a capacidade de sentir”, argumenta a estudante do 5° ano de Zootecnia, Zenilda. A acadêmica conta que a pesquisa de extensão sobre abate humanitário de peixes ainda está no começo e que a atuação na feira serviu para nortear alguns dos procedimentos que serão adotados no estudo. “Aqui, estamos trabalhando direto no abate, no consumidor. Nossa intenção é começar no início do processo, na produção, passando pela despesca até a comercialização”, diz Zenilda.
Além da divulgação com material impresso, o grupo ministrou dois minicursos na Feira para ensinar as técnicas do abate humanitário. Um foi destinado ao pessoal da limpeza dos peixes e outro para os consumidores. Zenilda conta entusiasmada que “a receptividade está muito boa, pois cerca de 60% do pessoal está utilizando as técnicas de secção na medula espinhal”.