O Brasil passará a ser o maior exportador de frango do mundo até o final do ano. As estimativas são da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, por sua sigla em inglês), que indica que em 2010 o país irá superar pela primeira vez as vendas dos Estados Unidos. A liderança ocorre um ano depois que a Perdigão e Sadia decidiram se fundir para a criação da Brasil Foods, com investimentos anuais de R$ 1 bilhão.

No total, a exportação mundial aumentará em 3%, com 7,6 milhões de toneladas. Apesar disso, o preço da carne deve terminar o ano 26% acima do que era em 2009.
Para este ano, a forte demanda por frango no mundo fará com que a produção internacional aumente em 2%, chegando a 95,7 milhões de toneladas. Os Estados Unidos continuam sendo os maiores produtores, com 19,3 milhões de toneladas de frango. A China é a segunda maior produtora, com 16,2 milhões, seguida pela Europa com 12,1 milhões de toneladas. A produção no Brasil é apenas a quarta maior do mundo e, em 2010, irá se recuperar de uma queda em 2009. Neste ano, a alta deve ser de 3,6%, para 10,7 milhões de toneladas. A expansão, segundo a FAO, ocorre graças à forte demanda nacional e as exportações.

Mas a projeção é de que as vendas brasileiras sofram um salto de 4% no ano, quase três vezes maior que a média mundial de crescimento de vendas, de 1,5%. No total, o comércio internacional de frango atingirá neste ano 11,3 milhões de toneladas. Mais de um terço do frango nos pratos de famílias em todo o mundo virá do Brasil.
Até 2009, o maior exportador no mundo era os Estados Unidos. Mas, desde janeiro, o governo russo optou por barrar os produtos americanos. Parte das vendas americanas que iam para a Rússia acabaram se deslocando para Hong Kong. Mesmo assim, isso não será suficiente para compensar as perdas no mercado russo.

Ano positivo também para carne bovina

As exportações de carne bovina do Brasil também terão um ano positivo. A projeção da FAO é de que a expansão seja de 5%, num total de 1,6 milhões de toneladas vendidas.
O Brasil voltará a ocupar o lugar deixado por mais uma queda de 40% nas vendas da Argentina, que chegará ao final de 2010 com 230 mil toneladas a menos de vendas que em 2009. Nos Estados Unidos, a alta neste ano será de 17%. Mas o volume total ainda não chegará a 1 milhão de toneladas.

Fonte: Gazeta do Povo