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Emater tem novos diretores
O extensionista Rubens Ernesto Niederheitmann assumiu, na segunda-feira (03), o cargo de diretor-presidente da Emater. O termo de posse foi assinado pelo secretário de estado da agricultura, Norberto Anacleto Ortigara, em cerimônia realizada na sede do Instituto, em Curitiba, e que foi prestigiada por mais de 500 pessoas, entre elas lideranças políticas, representantes de organizações de representação dos agricultores paranaenses e servidores do Sistema Estadual da Agricultura.
Na mesma ocasião foram nomeados os extensionistas Natalino Avance de Souza para a função de diretor-técnico e Richard Golba para a diretoria-administrativa da Autarquia.
Ortigara destacou que a Emater é o único órgão do sistema estadual de agricultura que está presente em praticamente todos os municípios paranaense e que por isso tem uma importância estratégica na implementação dos projetos e metas que o novo governo definiu para o atendimento à população do espaço rural. “O desafio é durante a nossa gestão tornar a Emater muito mais eficiente do que é hoje, vendo ela contribuindo de forma contundente para o desenvolvimento de todo o Paraná”. O secretário lembrou ainda que o Instituto tem um quadro de profissionais reduzido para atender todos os compromissos colocados pela sociedade e que o governo deve trabalhar, nos próximos 2 ou 3 anos, para contratar pelo menos mais 400 outros extensionistas.
Em seu discurso, Rubens falou que um dos desafios do serviço oficial de assistência técnica e extensão rural, nesta gestão do governador Beto Richa e secretário Norberto Ortigara, será contribuir para o aumento da geração de riquezas em municípios que têm suas economias baseadas na agricultura. “Isso será possível através da elevação da competitividade de nossos produtos mais tradicionais (milho, soja, leite, carne...), com a melhoria da eficiência dos sistemas de produção; desenvolvimento de atividades como a fruticultura e a olericultura e de negócios não agrícolas como o turismo rural e o artesanto; e preocupação com questões relacionadas à sanidade dos produtos com origem na agropecuária e nas pequenas agroindústrias”.
O Paraná tem várias regiões e territórios onde os índices de pobreza no meio rural são bastante acentuados e as oportunidades de geração de renda também mais escassas. Segundo Rubens, a Emater vai atuar nesses espaços com o objetivo de promover a inclusão social e econômica dessa população. “Vamos dar atenção aos jovens, às mulheres, aos movimentos sociais para que eles possam conquistar a segurança alimentar e nutricional de suas famílias; orientar os agricultores e suas organizações para a realização de negócios que promovam a elevação de sua condição socio-econômica e sua participação cidadã; ampliar o acesso das famílias aos benefícios das políticas e programas oficiais; e fortalecer as organizações comunitárias para que tenham maior facilidade de acesso tanto ao mercado quanto aos benefícios sociais que o agricultor tem direito”, diz.
Para o dirigente do Instituto, a agropecuária paranaense pode e deve se desenvolver mas esse crescimento precisa ser pautado pelo respeito aos recursos naturais e aplicação de tecnologias de produção menos agressivas ao meio ambiente. “É preciso o enfrentamento das questões ambientais com o uso das microbacias hidrográficas como estratégia de atuação. E dentro desse espaço geográfico implantar o plantio direto com qualidade, o terraceamento corretamente dimensionado, se necessário readequar as estradas rurais, recompor a cobertura florestal nas áreas que exigem essa medida, orientar o produtor rural para o uso racional dos agroquímicos, ampliar o programa de manejo integrado de pragas e doenças e promover o avanço da agricultura orgânica e da agroecologia com base em princípios técnico-científicos”, enumera.
A Emater vai implementar essas ações sempre em sintonia com as políticas de desenvolvimento estabelecidas pelo governo no Estado. Ainda segundo o diretor-presidente do Instituto, para assegurar a realização dessas metas, o serviço de extensão rural definiu duas estratégias. “Primeiro teremos uma nova política de relacionamento com o ambiente externo, buscando uma maior aproximação com os territórios, com as regiões, municípios e pessoas, valorizando a sociedade e seus diversos segmentos como participantes e fiscalizadores de nosso trabalho”. A outra estratégia, conta Rubens, será investir no fortalecimento dos processos de gestão e avançar na formação e qualificação profissional dos extensionistas. “Será uma gestão que terá como instrumento os contratos e práticas de excelência, com metas e prazos pactuados com objetividade e transparência”, finaliza.
Reconhecimento
Rubens não deixou de destacar as realizações e conquistas da diretoria que administrou a Emater nos últimos quatro anos. Um dos avanços, segundo o diretor-presidente, foi a criação de um planejamento estratégico que tinha como objetivos a qualificação do serviço oficial de assistência técnica e extensão rural e a aplicação de uma política de aperfeiçoamento pessoal e de modernização da infra-estrutura. “Tivemos ainda o avanço na obtenção de recursos do governo federal, através de convênios com os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Social, e a conquista das Leis que instituem o quadro próprio de servidores da extensão rural e o novo plano de carreiras e salários para os funcionários celetistas. “São conquistas que abrem perspectivas de carreira e valorização para todos os trabalhadores do Instituto. Abrem também caminho para a renovação do quadro funcional e formação de futuras lideranças para a nossa instituição”.
Rubens assume a vaga deixada pelo extensionista Arnaldo Bandeira, que esteve na direção da Emater desde o início de 2007. O ex-presidente aproveitou para agradecer o apoio que sue equipe recebeu dos funcionários da casa e das demais instâncias dos governo estadual e federal e dos representantes das diversas instituições parceiras do Instituto. “Buscamos concretizar o nosso projeto com muito trabalho e persistência, seguindo os nossos princípios e o nosso projeto de extensão rural. Melhoramos a infra-estrutura e as condições de trabalho, com o objetivo de qualificar e aumentar a produtividade do serviço oficial de assistência técnica e extensão rural. Nós cuidamos das pessoas, provendo condições de inclusão, de formação, de dignidade e futuro. E trabalhamos com o sentimento de que cuidar das pessoas é acima de tudo saber ouvir, conviver, valorizar seus feitos, suas virtudes, celebrar suas conquistas e saber respeitar as suas originalidades”, finalizou.
Fonte: Emater