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Frio e seca castigam o gado em todo o país
As baixas temperaturas que atingiram a região Sul do Brasil nos últimos dias pioraram ainda mais a situação das pastagens, que já estavam em péssimas condições, e deixaram o gado sem condições de alimentação. A produção de carne e leite no Rio Grande do Sul está sendo afetada. No estado, chegou a chover antes da chegada desta frente fria, mas a quantidade de água não foi suficiente para recuperar as pastagens - tanto as nativas quanto as de inverno - em boas condições. De acordo com os técnicos da Somar Meteorologia, a queda de temperatura impede o metabolismo das plantas, que ficam sem condições de crescer.
Nas regiões produtoras de gado do estado de São Paulo, a situação não é diferente e o gado também está sofrendo com as quedas bruscas de temperatura, que devastaram as pastagens. "As chuvas registradas no estado de São Paulo não foram suficientes para melhorar a qualidade dos pastos", declara a Somar.
Em Minas Gerais, onde se localiza o maior rebanho leiteiro do país, não chove há mais de 30 dias e em algumas regiões localizadas na porção centro-norte do estado, a ausência de chuvas chega a 90 dias.Na região, a produção de leite está bastante prejudicada e os animais têm dificuldade de engordar, pois as plantas não estão com baixos teores de proteínas e carboidratos.
Nos pastos da região Centro-Oeste, a longa estiagem e as altas temperaturas deixam as pastagens em péssimas condições e impedem o crescimento das gramíneas, tornando a pastagem natural insuficiente para alimentar o rebanho. Nos estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, a produção de leite e carne está prejudicada desde o início do inverno. Segundo os pecuaristas, a situação do gado só não é mais grave porque os produtores estão confinando a maior parte do rebanho e utilizando suplementação alimentar.
A situação da pecuária, porém, está mais tranquila na região Norte do país. As chuvas ocorridas nos últimos meses manteve elevado os teores de água no solo, o que promoveu o crescimento das pastagens nativas, o que elevou a oferta de animais para abate. No entanto, as constantes chuvas que ocorreram na região deixaram as estradas em péssimas condições complicando o transporte do rebanho das fazendas até os frigoríficos.
Fonte: Revista Globo Rural