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Acerte na escolha do petshop


Publicado em: 07/11/2011 11:44 | Categoria: Geral | Autor: Polianna Nogueira Marcelino

 


As histórias são variadas e deixam donos de animais de estimação de cabelo em pé: cachorro ferido durante a tosa, gato que fugiu do petshop após o banho, filhotes com infecções devido à falta de cuidado durante os procedimentos, e por aí vai a lista. Em setembro, o caso de Mia, uma yorkshire que morreu em um petshop em Curitiba, reacendeu a discussão sobre a importância de escolher bem o estabelecimento. Mas, com uma oferta cada vez maior e mais variada de serviços, o que levar em conta?

O primeiro passo, segundo os especialistas, é conhecer bem a loja. “É indispensável verificar se o local é limpo, os materiais são higienizados, os produtos são de qualidade, os equipamentos estão em bom estado, os funcionários são educados e os animais são recebidos de maneira tranquila e carinhosa”, recomenda a esteticista canina da Fino Tratto Estética Canina, Letícia Ronska Vogt.

Também vale a pena tirar uns minutinhos para conversar com o profissional que vai realizar o procedimento. “O dono deve verificar se o tosador tem uma especialização na área, cursos de atualização, se fala com amor sobre a profissão e tem experiência com a raça do pet”, orienta o diretor da rede Unipet Escola de Banho e Tosa, Enio Rodrigues.

Para Letícia, também é preciso pedir referências do petshop para conhecidos, verificar se a loja não esteve envolvida em problemas recentes e sempre observar se o estabelecimento é movimentado demais e como lida com a sobrecarga de clientes. “Se há muitos animais e o tosador tem um horário a cumprir, provavelmente vai ficar nervoso e isso vai aumentar a possibilidade de um trabalho mal feito”, afirma. Por isso, a dica é evitar os sábados – dias de maior movimento – e marcar as tosas e banhos de segunda a sexta-feira, principalmente nos primeiros horários da manhã.

Outra forma de evitar problemas é acompanhar os pets durante os procedimentos e optar por lojas que mantêm uma vitrine separando a área de banho e tosa e o local onde ficam os donos. “Assim, eles podem acompanhar tudo que acontece”, diz a professora de Clínica Médica de Animais de Com¬pa¬nhia da Pontifícia Universida¬de Católica do Paraná (PUCPR), Ana Paula Sarraff Lopes.

Nessas situações, porém, segundo Letícia, alguns animais podem se assustar e ficar agitados ao ficar tão próximos dos donos. “O ideal seria um vidro espelhado, em que os donos vissem a sala de tosa, mas os animais não tivessem a visão de fora. Outra solução é instalar câmeras na sala e deixar uma TV na sala de espera para que os donos acompanhem o trabalho dos tosadores.”

Essas alternativas, afirma Rodri¬gues, são simples, mas fazem muita diferença. “Ao saber que está sendo observado, o tosador redobra a atenção e fica ainda mais concentrado em não errar durante o procedimento.”

A assessora técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR) Louise Tezza também recomenda que os donos só levem seus pets a lojas que tenham alvará de funcionamento e licença sanitária fornecidos pela prefeitura, registro no CRMV-PR e um médico veterinário responsável.
“Isso é obrigatório, mas nem todos contam com um profissional. Basta imaginar que, se o animal é epilético ou tem problemas cardíacos e tem uma crise durante o atendimento, só um médico veterinário poderá socorrê-lo a tempo.”
 

Procedimentos em casa não livram animais dos riscos

Para evitar problemas com os petshops, alguns donos têm preferido realizar alguns procedimentos, como banho e tosa, em casa. De acordo com os especialistas, é preciso caprichar na paciência, já que alguns pets – principalmente gatos – não costumam colaborar. “É preciso cuidado, porque nem todos obedecem e, com isso, podem acontecer os machucados e dificuldades para secar os pelos, o que tende a gerar infecções de pele”, diz a esteticista canina da Fino Tratto Estética Canina, Letícia Ronska Vogt.

Enquanto procedimentos como banho e limpeza dos ouvidos podem ser realizados em casa, com alguns cuidados especiais, quanto à tosa, a recomendação é uma só: deve ser feita apenas por pessoas treinadas. “O ideal é que os donos façam um curso de banho, tosa e escovação para aprender a fazer tudo de maneira correta.”, afirma ela. “O curso é essencial porque é preciso conhecer o padrão da raça e os riscos de acidentes são grandes. As lâminas são muito afiadas e, se a pessoa não tem prática, facilmente pode cortar a pele, machucar as orelhas ou até cegar o animal”, explica.



Fonte: Gazeta do Povo

 

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