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União Européia preocupa exportador de frango
Hoje esses cortes industrializados do Brasil pagam uma tarifa de 10,9% para entrar na União Européia (UE). Não há cota estabelecida, o que isenta o produto de tarifa extracota ou salvaguarda. Também não há cotas - ou tarifa extracota ou salvaguarda - para cortes de frango salgado ou peru industrializado, que hoje encaram tarifas de 15,4% e 8,5%, respectivamente.
Pelo atual sistema europeu, só há cota (7,1 mil toneladas por ano) para as exportações brasileiras de cortes congelados de frango, que estão livres de tarifa intracota mas têm de pagar tarifa extracota de 1.024 euros por tonelada e salvaguarda que varia de
Para esses cortes congelados, não há novidades sobre a mesa de negociações. Para os demais, contudo, a UE já estipulou tarifas extracota e o tamanho das cotas segue
Em entrevista coletiva concedida nessa quinta-feira (21-09)
"De qualquer forma, as novas cotas serão um fator impeditivo para a manutenção do crescimento que vínhamos registrando [antes da queda da demanda provocada pela disseminação da gripe das aves na Ásia e na Europa]. E estamos negociando a melhor forma de monitorar as cotas. Não queremos administrá-las, mas queremos mais transparência para saber se os valores negociados correspondem parcial ou totalmente à cota estabelecida", disse Gonçalves.
O novo balanço das exportações de carne de frango do país apresentado pela Abef justifica a preocupação de seu presidente. Em agosto, os embarques somaram 299.151 toneladas no total, 12,7% mais que em igual mês de 2005, e renderam US$ 339,348 milhões, com um aumento de 0,42%. E o resultado foi garantido pelos embarques de produtos industrializados, que cresceram 37,2% em volume (13.405 toneladas) e 40,7% em valor (US$ 28,84 milhões).
De janeiro a agosto, quando as exportações alcançaram o total de 1,725 milhão de toneladas (8,1% abaixo dos oito primeiros meses de 2005) e renderam US$ 2,009 bilhões (7,8% menos), as vendas de industrializados cresceram 47,8% em volume e 55,9% em valor - para 76.809 toneladas e US$ 171,477 milhões.
Com a queda da demanda na Europa provocado pelo temor dos consumidores com a gripe aviária, os embarques brasileiros para aquele mercado atingiram 355.046 toneladas até agosto, 18,6% menos que no mesmo período de
Com isso, a Abef projeta que o Brasil exportará 2,589 milhões de toneladas de carne de frango no acumulado de 2006, 9% menos que em 2005. As vendas deverão render US$ 3,015 bilhões, uma queda de 14,1%. Mas, apesar da piora, o cenário é melhor que o traçado no mês passado, quando a entidade trabalhava com a expectativa de quedas de 14% em volume e 18% em valor.
Fonte: Valor Econômico