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Raiva volta a atacar rebanho paranaense
Paralelo ao trabalho de vacinação contra a febre aftosa, a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) trabalha para conscientizar os produtores quanto necessidade da vacina contra a raiva bovina. Somente nos primeiros 25 dias do ano, 30 casos da doença foram identificados no estado, 25% do total de casos identificados em 2011. Do total, 26 casos foram em bovinos e o restante, em equinos. A doença leva o animal à morte quando ele não está vacinado.
Apesar do número expressivo, o Paraná realiza um programa de controle da doença e tem intensificado ações de prevenção. “Nós fazemos o monitoramento das regiões. Mas, pode ocorrer do morcego contaminado [animal responsável pela transmissão por meio da mordida] mudar de lugar. Ele pode migrar para uma região distante até 50 quilômetros”, explica Elzira Jorge Pierre, responsável pela área de raiva herbívora do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis).
Dentre os casos identificados esse ano, metade foi na região Norte. Os municípios mais afetados estão no entorno de Londrina. No ano passado, a maioria dos casos foi na região de Ponta Grossa. “Isso ocorre porque ninguém vacina o gado na região Norte, o que torna o terreno fértil para ação dos morcegos”, ressalta Elzira. O mamífero não consegue ficar mais de dois dias sem se alimentar.
Prevenção
A técnica do Defis alerta para que os proprietários, ao primeiro sintoma da doença, avisem o órgão para que as medidas necessárias sejam tomadas. A demora no cuidado pode resultar na transmissão da doença para os outros animais, o que elevaria os prejuízos econômicos do produtor, já que a doença não tem cura. A espécie contaminada morre em até cinco dias. “A vacinação é muito importante. Além de barata, funciona”, afirma Elzira.
Fonte: Gazeta do Povo