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Paraná quer duplicar venda de carnes nobres


Publicado em: 03/01/2007 08:22 | Categoria: Geral

 


Organizados em duas cooperativas e oito alianças mercadológicas, os produtores querem fechar 2007 fornecendo 30% da carne bovina consumida no Estado. Atualmente, cada paranaense ingere, em média, 36 quilos por ano, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura.

A aposta dos produtores é a venda direta de carnes ao comprador, que garante uma rentabilidade 10% maior para o produtor e ao mesmo tempo barateia o produto para quem compra. Para promover o sistema, a Secretaria organizou workshops em Curitiba, Foz do Iguaçu, Maringá, Londrina e Ponta Grossa nos últimos meses de 2006.

Nesses encontros, os produtores apresentaram a carne a potenciais compradores – proprietários de restaurantes, hotéis, bares e varejistas. “Saímos desses encontros animados com as possibilidades de negócios”, afirma Sérgio Steptjuk, diretor da aliança mercadológica de União da Vitória e chefe do Núcleo da Secretaria no município. “As perspectivas são muito boas para 2007. Uma de nossas metas é formar uma aliança, ou cooperativa central, para fortalecer os produtores e nossa capacidade logística de negociação”, diz.

“A venda direta é um grande negócio para o produtor e para o comprador”, atesta Fábio Mezzadri, médico veterinário do Deral. “O pecuarista é melhor remunerado, pois oferece produtos com valor agregado, e eliminam-se os atravessadores. O comprador tem a certeza de que está comprando carne de boa qualidade e com garantia sanitária”, fala.

A instrução normativa da Secretaria da Agricultura determina três padrões para o novilho paranaense: precoce (até 24 meses), superprecoce (até 18 meses) e hiperprecoce (de 7 a 12 meses). Cada um deles tem instruções próprias quanto à quantidade de gordura permitida e peso mínimo para abate. Para serem considerados novilhos precoces, os animais devem ser rastreados, por meio de um brinco que registra todas as informações sobre vacinação e alimentação recebidas, além de dados do produtor.

“Isso muda o enfoque do produtor, que deixa de produzir boi e passa a produzir carne. Além disso, significa segurança para o comprador, pois ele sabe de quem comprou a carne, qual o sexo do animal, qual sua idade. No caso de um frigorífico, é impossível saber se a carne é de boi ou vaca, se o animal era velho ou novo”, observa Steptjuk.

Em 2007, os produtores pretendem retomar os workshops organizados pela Secretaria, com o reforço do Sebrae. “Vamos intensificar os negócios. O apoio do governo é fundamental para o produtor se inserir no mercado. O distanciamento entre produtores e governo acabou”, afirma.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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