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Paraná é um dos estados que mais recolhe embalagens de agrotóxicos
Ainda é incipiente a logística reversa das embalagens de agrotóxicos vazias do agronegócio brasileiro. Segundo dados do Sistema Campo Limpo, a base produtiva do agronegócio brasileiro fez retornar à origem, entre janeiro e setembro, o volume de 28,6 mil toneladas, que representa índice apenas 5% menor do que o de 2011.
Os estados que mais retiraram invólucros descartados do campo, durante os nove meses, foram Paraná, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina, que juntos correspondem a 55% do total.
As informações, bem como o trabalho de recolhimento e destinação, são do Sistema Campo Limpo (de logística reversa para embalagens de defensivos agrícolas), composto por agricultores, fabricantes - estes, representados pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) -, canais de distribuição e apoio do poder público.
O Inpev foi criado pela indústria de agrotóxicos para realizar a gestão pós-consumo das embalagens vazias de seus produtos, seguindo a Lei 9.974/2000. A legislação atribui a cada elo da cadeia produtiva responsabilidades compartilhadas que possibilitam o funcionamento do Sistema Campo Limpo.
O instituto, fundado em dezembro de 2001, entrou em operação em março de 2002. Hoje tem 94 empresas e dez entidades em seu quadro associativo.
Meta de 2012
"Atingimos a maturidade do sistema", havia dito, em julho, o presidente do Inpev, João César Rando, ao DCI.
Vinte anos depois da idealização do empreendimento, a cadeia dos defensivos agrícolas deve coletar, neste ano, 37 mil toneladas de recipientes - 94% do descarte total, em média.
As embalagens primárias, assim chamadas porque entram em contato direto com os elementos químicos, costumavam ter destinos incertos: "A orientação, até 2002, era cobri-las com plástico para depois enterrá-las. Apenas uma pequena parte dos agricultores, por razões óbvias, fazia isso. A maioria queimava tudo", contou Rando.
Agora o produtor rural fica responsável pela lavagem e devolução dos recipientes; os postos para onde vai o material devem ser administrados por distribuidores de agrotóxicos e cooperativas; e os fabricantes cuidam da parte logística.
Fonte: DCI