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Acidentes com animais peçonhentos crescem 157%
Entre os meses de novembro a março, aumentam os acidentes provocados por animais peçonhentos, tanto na zona rural, como na urbana. Levantamento realizado pela Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses do Ministério da Saúde indica que houve um crescimento de 157% no número de notificações, nos últimos 10 anos. Somente em 2011, ocorreram mais de 139 mil acidentes, com 293 óbitos.
Os especialistas apontam inúmeras causas para esse aumento, entre eles o desequilíbrio ecológico, as chuvas que desalojam os animais entocados, e ainda coincide com o período reprodutivo de alguns desses animais. O coordenador da Unidade Técnica de Vigilância em Zoonoses do Ministério da Saúde, Eduardo Caldas, relaciona quais fatores que contribuem para o aumento dos acidentes. “As chuvas desalojam os animais que vivem em tocas, como escorpiões, aranhas e serpentes. Eles acabam procurando abrigo em locais mais secos, muitas vezes, dentro de residências, aumentando, dessa forma, a chance de ocorrência de acidentes”, explicou.
O coordenador lembrou ainda que nesse período também aumentam as atividades nas lavouras, locais propícios para os acidentes com cobras. Ele citou outros cenários que corroboram para este aumento: “No verão, as pessoas aproveitam suas férias em atividades ao ar livre, como passeios em cachoeiras e trilhas, aumentando assim, o risco de contato com serpentes e outros animais peçonhentos”, enumerou Caldas.
Os acidentes, dependendo dos animais, são mais frequentes nas cidades do que no campo. A região Nordeste é campeã no número de acidentes com escorpiões, com 30.282 e a Bahia o estado com maior registro de acidentes 10.461. Em seguida vem o Sudeste com 22.579, em 2011, sendo Minas Gerais o estado com maior número de casos: 13.428. A região Sul registra o maior número de acidentes com aranhas do país: 18.052 casos em 2011; o estado do Paraná registrou 9.326 casos. As regiões Norte e Nordeste têm o maior registro de acidentes envolvendo serpentes: 9.329 e 8.184 casos, respectivamente.
Fonte: saude.gov.br, Leia mais em Portal da Saúde