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Ducci será secretário do governo Beto Richa em janeiro
Beto Richa (centro) assina a implantação do Gabinete de Gestão e Informações. Foto: Aniele Nascimento - Gazeta do Povo
governador Beto Richa (PSDB) admitiu nesta quarta-feira (14) pela manhã que vai fazer mudanças no secretariado e que o prefeito Luciano Ducci (PSB) pode assumir uma secretaria de estado no governo a partir do ano que vem – quando o aliado deixa a prefeitura da capital.
Beto explicou que as mudanças no governo serão feitas para dar mais velocidade aos projetos e não adiantou que pasta Ducci poderia assumir. “Pode estar [incluído nas mudanças no secretariado]. Eu confesso que cheguei de viagem no fim de semana e até agora não falei com o Luciano. Não sei quais são as suas intenções e o que ele imagina fazer daqui para frente, mas é um excelente técnico”, contou.
“Trabalhei com ele todo esse período e posso atestar as boas qualidades que tem o Luciano para ser um secretario de estado e contribuir com o nosso governo. Mas não vou antecipar nada ate porque não falei com ele e nem sei ainda em que área ele poderia dar melhor contribuição”, disse o governador.
Foi a primeira reunião do governador com o secretariado após as eleições deste ano.
Segundo o jornal Gazeta do Povo, é esperado que Richa absorva na administração estadual alguns nomes da atual gestão da prefeitura de Curitiba, derrotada na eleição. E também que dê um espaço maior para o PMDB, PP, PSD e PV em busca de um apoio maior para a sucessão estadual de 2014, quando o governador deve concorrer à reeleição. Outro partido que está no radar do governador é o PSC, do deputado federal Ratinho Júnior. Mas a aliança com Ratinho ainda está sendo costurada.
As mudanças no secretariado só devem ocorrer em janeiro, pois o PMDB deve escolher sua nova direção estadual em 15 de dezembro. Somente após os peemedebistas definirem sua nova direção, é que Richa deve discutir nomes do partido para o primeiro escalão.
O principal empecilho para a ampliação do espaço peemedebista no governo Richa seria a vitória do senador Roberto Requião, desafeto do governador, na eleição interna. Na última segunda-feira, 12 deputados estaduais do partido se reuniram com o ex-governador Orlando Pessuti, o senador Sérgio Souza e o deputado federal Osmar Serraglio. O intuito foi tentar aglutinar duas das três alas do partido, a que está mais próxima de Richa e a encabeçada por Pessuti, para impedir que Requião assuma o partido.
Caso a articulação anti-Requião dê certo, comenta-se nos bastidores que o PMDB ganharia mais duas secretarias, além da pasta do Trabalho, ocupada hoje pelo deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli. Mas a informação é desmentida pelos peemedebistas. “Isso é uma coisa estapafúrdia, não há nenhuma negociação para ficar com secretarias. A relação do PMDB com o governo não é fisiológica, é programática, fundada em princípios”, rebateu Romanelli, atualmente licenciado do cargo de secretário.
Fonte: Gazeta do Povo