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Emoção no adeus a Sadi Bogado


Publicado em: 20/12/2012 17:37 | Categoria: Geral | Autor: Diogo

 


 Foi enterrado ontem no cemitério Campo da Paz, em Campos, o ex-deputado federal Sadi Coube Bogado, que faleceu aos 84 anos, na noite da última quinta-feira. O médico estava internado há 45 dias no Hospital da Unimed e passava por sessões de hemodiálise. Sadi deixa esposa e sete filhos.


Sadi Bogado teve o seu mandato de deputado federal simbolicamente devolvido na Câmara Federal há oito dias. Nascido em Nova Friburgo, em 15 de janeiro de 1928, Sadi veio para Campos logo após se formar em Medicina, casando-se com Selma Vital Brasil Bogado, com quem teve sete filhos. Em 1966 foi eleito deputado federal pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), tendo o mandato cassado após a edição do Ato Institucional nº 5, em 1968. Como deputado, Sadi apresentou a lei que regulamenta a profissão de Médico Veterinário. No final da década de 90, participou do movimento dos humanistas e funda o Partido Humanista da Solidariedade (PHS). Em agosto de 2004, nas comemorações do Mês do Veterinário, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio (CRMVRJ), em sessão solene, instituiu a Medalha Sadi Coube Bogado, que passou a ser entregue, sempre no mesmo período, ao profissional destaque do ano.


Em seu sepultamento, várias personalidades da política regional estiveram presentes, além de empresários e representantes da sociedade civil organizada. Durante a cerimônia, onde a emoção aflorou, as pessoas presentes prestavam respeito e relembravam histórias do deputado.
Representante de uma nova geração da política, o vereador eleito Rafael Diniz (PPS) revelou que tinha Sadi Bogado como um exemplo.


— Um verdadeiro exemplo para todos nós. Conciliava os valores e princípios cristãos, e sua constante maneira familiar de conduzir a vida, para os campos políticos e profissionais — disse Rafael.
Sessão solene — Na sessão solene da Câmara Federal do dia 6 de dezembro, onde simbolicamente, foram devolvidos os mandatos de 173 deputados federais cassados ao longo de quatro legislaturas entre 1964 e 1977, durante o regime militar (1964-1985). A sessão foi realizada no Plenário Ulyssses Guimarães. A devolução dos 173 mandatos teve um simbolismo muito forte, um sentido de reparação pelo que foi feito aos parlamentares no passado. Três deputados federais eleitos por Campos e que foram cassados pela ditadura, estavam na lista: Adão Pereira Nunes (já falecido), Antônio Carlos Pereira Pinto e Sadi Coube Bogado.


Sadi Bogado, que se encontrava internado no Hospital da Unimed, foi representado pelo filho, Henrique, que mora em Brasília. Para os familiares, a cerimônia cumpriu o papel de devolver o que foi conquistado com merecimento pelo ex-deputado.


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