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Fauna e flora pesquisadas para duplicação da BR-116
Para iniciar as obras de duplicação dos 19 quilômetros da Serra do Cafezal, na BR-116, a concessionária Autopista Régis Bittencourt terá de fazer uma série de pesquisas para reduzir o impacto ambiental na região. O inventário é uma das condicionantes estabelecidas pelo Ibama após a liberação da licença ambiental, publicada no início da semana no Diário Oficial da União.
A Serra do Cafezal é um trecho não duplicado da Rodovia Régis Bittencourt, trecho muito complicado e perigoso, com muitos acidentes da caminhões.
Antes de retirar a mata, a concessionária terá de identificar a fauna existente no local, colher amostras de água dos mananciais existentes na área e coletar sementes de espécies ameaçadas de extinção. A previsão é que essas exigências sejam cumpridas num prazo de aproximadamente 90 dias.
Para reduzir o impacto na mata, serão construídas 36 pontes e viadutos, num total de sete quilômetros, e quatro túneis com total de 1,8 km. A obra consumirá cerca de 100 mil metros cúbicos de concreto e exigirá a movimentação de 1,4 milhão de metros cúbicos de terra. O desmatamento deve atingir 114 hectares.
Logística
Durante a duplicação, não serão executados caminhos de serviço para evitar corte de vegetação. A empresa terá de realizar a obra ao longo da pista atual e seguindo o mesmo traçado.
Segundo a concessionária, as obras levarão cerca de quatro anos e o custo previsto é de R$ 700 milhões. O projeto para a Serra do Cafezal inclui uma pista com três faixas de rolamento no sentido São Paulo e duas faixas no sentido Curitiba.