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Chefe da OIE não vê risco no consumo da carne brasileira


Publicado em: 14/12/2012 15:54 | Categoria: Geral | Autor: Ana Maria Ferrarini

 


Os embargos impostos à carne brasileira por alguns países nos últimos dias, após a identificação de um caso de Encefelopatia Espongiforme Bovina (" vaca louca")  no Paraná, são uma atitude compreensível, mas não refletem um risco real no manejo ou no consumo do produto, segundo afirmou à BBC Brasil o veterinário Bernard Vallat, diretor-geral da Organização Mundial para Saúde Animal (OIE).

Desde a semana passada, quando um exame laboratorial conduzido pela OIE confirmou a proteína causadora da doença em uma vaca morta em dezembro de 2010 em uma fazenda do município de Sertanópolis, três países - Japão, China e África do Sul - anunciaram embargos à importação da carne brasileira.

Outros países, incluindo a Rússia, maior importador de carnes brasileiras, e a Venezuela, quinto maior, dizem estudar a possibilidade de embargo. O Brasil foi o segundo maior exportador de carnes bovinas em 2011, atrás somente da Austrália.

A OIE, que é o órgão internacional responsável por avaliar as ações dos países no combate às enfermidades animais, mantém o Brasil em sua lista de países com risco "negligenciável" para vaca louca.

"O Brasil tem quase 200 milhões de cabeças de gado", afirma Vallat. "Não é um caso que vai mudar a avaliação da OIE sobre o país."

Ele aponta que existem outros países com casos identificados da doença (cujo nome técnico é encefalopatia espongiforme bovina, ou EEB) e que também podem ser considerados pela OIE no grupo com risco negligenciável.

"Mas quando um país notifica a comunidade internacional sobre a existência da doença, principalmente quando é a primeira vez que um caso é detectado no país, é aceitável que outros países adotem embargos à espera de mais informações", diz Vallat. "É uma prática comum."

Ele afirma, porém, que não há riscos para a saúde dos consumidores da carne brasileira. Além de o animal morto ter sido enterrado e não ter entrado na cadeia alimentar, ele observa que o consenso científico atual é de que mesmo o consumo de carne vermelha de animais contaminados não traz problema, apenas o de órgãos contaminados com a proteína causadora da doença, como cérebro ou medula espinhal.
 

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