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Sombreamento de pastagens gera renda extra para produtor
O município de Tapejara, nas proximidades de Umuarama, foi berço do programa Pecuária de Curta Duração e também é exemplo da prática de sombreamento, resultante do uso de plantios de grevíleas para a proteção de cafezais contra geadas e de novos plantios de árvores para a proteção e enriquecimento de pastagens e geração de renda extra para os produtores (toras, lenha, óleo). “ As árvores fornecem sombras para os animais e se prova que o boi pode conviver com elas”, observa João Batista Barbi, zootecnista do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural- Emater. ”Os cafeicultores criaram quebra-ventos com grevíleas para proteger o café contra as geadas, plantando-as em curvas de nível para combater a erosão. Depois da geada de 75, arrancaram o café para o plantio de pastagens, deixando as grevíleas. Lá atrás, o Paraná 12 meses incluiu a tecnologia de sombreamento, a prática de arborização das pastagens. O casamento boi/árvores permite ao produtor renda extra de até 30 por cento, sem considerar o corte das árvores. A família Penasso, Nelson e Antônio, planta árvores nas curvas de nível, depois de dois anos planta o pasto. O boi não quebra árvores grandes. A produção de madeira e carne, a melhoria da saúde dos animais e o aumento na taxa de lotação também se incluem entre as vantagens”.
O sombreamento, com grevíleas e eucalipto, está disseminado em 133 propriedades apenas da região do Arenito Caioá, que abrange 45municípios da região de Umuarama e Paranavaí. As propriedades da região cruzaram as raças Brahman e Angus, resultando na raça Brangus, considerada a raça do futuro, com precocidade alta e fertilidade elevada, bezerro vai ao abate um ano antes. A madeira é consumida pelo parque moveleiro de Arapongas e por diversas indústrias de madeira instaladas na região após o fim da cafeicultura.