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Suinocultores discutem em Curitiba falta de mão-de-obra especializada


Publicado em: 18/04/2013 10:18 | Categoria: Geral

 


2º Fórum Integral de Suinocultura

2º Fórum Integral de Suinocultura

O 2° FIS- Fórum Integral de Suinocultura discute hoje e amanhã, no Four Points by Sheraton, maneiras de produzir suínos com eficiência diante do desafio da seleção, formação e retenção de mão- de-obra qualificada para trabalhar em granjas. O gargalo da produção tem preocupado produtores e agroindústria e é motivo de análise de 400 lideranças, proprietários de granjas, veterinários, técnicos do setor e especialistas brasileiros, norte-americanos e europeus.
Hoje o custo da mão- de-obra representa 15% do total do custo de produção na suinocultura e estes valores tem aumentado numa equação inversamente proporcional à baixa disponibilidade de mão-de-obra qualificada. De acordo com os especialistas no assunto existe mercado de trabalho para lideranças e para operacional de granja qualificados mas falta gente qualificada. No Paraná existem mais de 30 mil produtores de suínos e o número de empregos gerados diretos e indiretos , o que totaliza aproximadamente 217 mil postos, sendo 90,5% no segmento produtor, 5% da indústria e 4,6% no segmento comercial.
A nova realidade nas granjas brasileiras é a mesma de muitos setores da economia brasileira, onde sobram vagas mas faltam profissionais qualificados. O gargalo produtivo preocupa o setor que assiste o crescimento da demanda interna e de países emergentes. O Brasil é o quarto maior exportador mundial de carne suína, e ainda não participa de 60% do mercado mundial, que são os mais exigentes em termos sanitários, mas que pagam os melhores preços. Um mercado com espaço para crescer, mas que precisa de oferta de mão- de-obra qualificada.
Para o coordenador do 2º FIS, o médico veterinário Iuri Pinheiro Machado “O crescimento econômico experimentado pelo país nos últimos anos não teve um crescimento paralelo de oferta de pessoas qualificadas para o mercado de trabalho; pelo contrário, as taxas de desemprego estão cada vez menores e a população rural também vem reduzindo. Outras atividades agroindustriais têm competido pelos mesmos profissionais da suinocultura e ainda temos um déficit de qualificação muito grande” destaca.
O consultor e médico veterinário alerta que "A gestão de mão de obra dentro de uma granja vai muito além de instalações e equipamentos. Otimizar recursos humanos significa aceitar mudanças, pensar diferente, concentrar esforços no que realmente vale a pena. Mais do que isso, otimizar pessoas significa ter segurança em saber o que não fazer dentro de uma rotina de produção” .


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