Os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Saúde liberaram a manutenção da licença de fabricação e comercialização do produto Leish-tec, de propriedade da empresa Hertape Calier Saúde Animal, estabelecendo os seguintes esclarecimentos e recomendações quanto ao uso:

* Os estudos exigidos na IN-31 não prevêem a avaliação do impacto do uso desses imunobiológicos na redução da incidêcia humana de leishmanionse visceral e, portanto, não existe avaliação da vacina quanto a um possível uso como ferramenta de controle da doença em humanos. Desta forma, a vacina Leish-tec está recomendada apenas como uma medida de proteção individual para os cães.

* A vacina deverá ser usada somente em cães assintomáticos com resultados sorológicos negativos para leishmaniose visceral;

* A vacina não protege cem por cento dos cães, portanto animais vacinados podem adquirir a infecção e tronarem-se portadores infectantes para o vetor;

* A vacinação não é o único instrumento de prevenção desta enfermidade nos cães, portanto, outras medidas devem ser adotadas, tais como: uso de coleiras impregnadas com deltametrina a 4% manejo ambiental, a fim de alterar as condições do meio que propiciem o estabelecimento de criadouros para formas imaturas do vetor; uso de telas em canis individuais ou coletivos; entre outras.

* Os animais vacinados que apresentarem sinais clínicos de leihsmaniose visceral e reações sorológicas positivas são passíveis das medidas sanitárias vigentes.

Já em relação à vacina Leishmune, da empresa Fort Dodge Saúde Animal, os ministérios ainda analisam os estudos complementares apresentados pela empresa dentro do  prazo legal estabelecido pela Instrução Normativa n° 31 de 09 de julho de 2007.