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Integração lavoura-pastagem-florestas recebe 3,4 bi do MAPA


Publicado em: 29/06/2013 15:14 | Categoria: Geral | Autor: Diogo

 


Evilson Ramos, coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do MAPA

Evilson Ramos, coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do MAPA

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento pretende plantar três milhões de hectares de florestas e recuperar 15 milhões de hectares de pastagens através do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, prevendo investimentos de 3,4 bilhões de reais. Na semana passada, em Paris, no Congresso Mundial da Carne, a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura, fez palestra sobre a participação brasileira na produção mundial de alimentos, projetando produções de 20 milhões de toneladas de carnes de frango, 11,8 milhões de toneladas de carnes bovinas e 4,07 milhões de toneladas de suínas para daqui a dez anos, apontando barreiras ( critérios técnicos exagerados, embargos e obstáculos sanitários sem respaldo técnico da OIE, caso da Rússia) e detalhando ações nos mercados chinês e europeu após a instalação de escritórios nessas regiões.

Os investimentos do Plano de Agricultura de Baixo Carbono foram detalhados por Elvison Ramos, coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos do MAPA, no 23° em Foz do Iguaçu, quando ressaltou a importância da integração agricultura, floresta e lavoura e destacando metas para o desenvolvimento que incluem pesquisa, crédito rural, tecnologia, regularização ambiental e regularização fundiária nas regiões do país onde for necessária. "O grande problema é a capacitação do produtor e do trabalhador rural. O Sul do País está mais avançado, o Paraná integra pecuária e florestas há 20 anos, de modo geral o produtor está mudando a visão em relação à produção mais sustentável e vive a inovação no contexto de suas atividades. A capacitação passa por processo cultural que vem desde o avô. Percebemos que muitos filhos voltaram à propriedade atraídos pela integração dos sistemas de produção e agora precisamos melhorar a liberação do crédito e criar meios de compensar quem adere às metas de integração. É importante que a evolução garante melhoria na renda do agricultor".

Para o segundo semestre serão estimulados cursos de capacitação para as região Nordeste brasileira. Os projetos de credito são rejeitados pelos bancos por causa da qualidade dos trabalhos, que por sua vez precisam preparar pessoal para a análise dos projetos, específicos para cada propriedade. Não há projeto padrão. O Banco do Brasil contratou profissionais ligados ao agronegócio para a leitura dos pedidos de crédito. No caso das propriedades do Nordeste, outra questão será resolvida, criando-se fundo de aval ou algo semelhante porque 80 por cento das propriedades já estão como garantia do Banco do Nordeste. O Plano de Agricultura de Baixo Carbono prevê tecnologias para a recuperação de pastagens degradadas, recuperação ILPF, plantio direto, florestas plantadas, fixação biológica do nitrogênio e tratamento de dejetos dos animais. O Paraná já faz plantio direto e integra lavouras. O Centro/Oeste é a região com a maior necessidade de recuperação de grandes áreas de pastagens.

A zootecnia vai atuar nas pesquisas de emissão de gás carbônico dos ruminantes, questões relacionadas ao bem-estar animal, manejo e integração dos sistemas.
 


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