1. Home
  2. Notícias
  3. Geral
Geral

Coopavel, empreender no agronegócio


Publicado em: 29/06/2013 15:26 | Categoria: Geral | Autor: Diogo

 


Dilvo Grolli, presidente da Coopavel

Dilvo Grolli, presidente da Coopavel

A Coopavel está produzindo ração bovina, numa fábrica acoplada ao moinho de trigo, com produção de três mil toneladas/mês, devendo chegar a oito mil toneladas/mês. A ração abre possibilidade de aumento da bacia leiteira, melhorando o trato do gado de corte, alterando a visão modesta sobre o lacticínio "desde 1.982, já que é fantástica a geração de renda mensal do leite e derivados, porque vamos puxar para grande produtividade de queijos, doces de leite, iogurte, requeijão", garante o presidente da cooperativa, Dilvo Grolli. A via industrial será o incremento da cadeia das bovinoculturas de leite e corte. Na área de lacticínios, a Coopavel contratou três médicos veterinários, vai contratar mais quatro, ainda na primeira fase das mudanças:

-Produtos de alta qualidade exigem técnicos de alta qualidade, desde o campo até à indústria. Mas as faculdades de veterinária precisam aplicar atualização constante de grades e de professores, o mercado exige profissional de alto nível. O espírito empreendedor tem que ser estimulado na formação profissional, ao invés de despertar no exercício da profissão. A sociedade olha o jovem veterinário como pessoas que vão impulsionar produtividade e escalas de produção. Por isso, as escolas devem melhorar laboratórios, qualificar professores, para o campo, projetos, inspeções e controle de qualidade.

A produção de ração era em pequena quantidade em fábricas da Coopavel. A nova fase destina-se numa primeira etapa aos associados, mais tarde, aperfeiçoando a escala de produção, para não sócios. "A nossa grande preocupação é agregar valor aos negócios, com responsabilidade social e respeito ao consumidor. Quando vendemos uma saca de milho por 22/24 reais, soja com 54/55 reais, agregamos valores; quando transformamos carne ou leite agregamos cinco a dez vezes mais, chegando no caso do leite, nos queijos de alto padrão, a agregar 20 vezes mais".

Os valores agregados são importante motivação para garantia de comercialização aos produtores associados da cooperativa, que passa a ter necessidade de boa produção como matéria prima para a agroindústria, ao contrário de quando é intermediária de grãos, que compra e vende simplesmente e não tem necessidade para a agroindústria. Dilvo Grolli diz que as cooperativas, como filosofia, aliam preocupação econômica com preocupação social, mantendo corretas relações humano-profissionais/colaboradores, preservação ambiental:

-É importante este contexto para o nosso negócio. A diferença de valor entre matéria-prima e produto acabado ficará distribuída entre a melhor remuneração da matéria-prima para o produtor, ao longo de uma cadeia que vai gerar empregos, impostos e oportunidades para as comunidades regionais. Vendemos insumos, recebemos grãos, industrializamos produtos, são mais de 30 anos agregando valor à produção regional, com 70 por cento de nosso faturamento se originando das indústrias.

As manifestações empreendedoras são frequentes, estão abertas aos 4.800 funcionários, aos 3.600 cooperados. Valor agregado aumenta faturamento, gera empregos. O trabalho social cria rede de distribuição e relacionamento com o consumidor, a qualidade é responsabilidade comum. Acompanhar o mercado internacional, detalhar exigências na Europa e Ásia, aumentar capacidade de competição, são fatores comuns às grandes cooperativas do Oeste do Paraná, Coopacol, Lar, Coopavel e C-Vale. No momento, encaminha-se um dos mais importantes projetos na área de logística do País:

-A união das quatro cooperativas, a Cotriguaçu e a Ferroeste permitirá que o frete de grãos para Paranaguá caia à metade, comparando-se com o custo rodoviário. É claro que o benefício vai se estender a outros produtos de nossa cadeia de negócios. É uma parceria público-privada. A Ferroeste cedeu terreno e trilhos, a Cotriguaçu a infraestrutura (câmeras frigoríficas, armazéns e obras de apoio), vai comprar vagões. Esta parceria vai diminuir o custo anual de 70/90 reais a tonelada/grão para 30/40 reais a tonelada, dois a três reais a saca de soja.

A região Oeste deverá economizar mais de 60 milhões de reais no transporte em direção ao Porto de Paranaguá, além de trazer um milhão de toneladas de insumo (fertilizantes, calcáreos) por 30 reais a tonelada, metade do custo rodoviário. São mais 30 milhões de reais de economia, além do transporte de 20 mil containers anuais de carne do Oeste para Paranaguá a até 2.200 reais por unidade, quando o custo atual é de 3.300 reais, considerando-se o custo de transporte caminhão por vagão. Dilvo Grolli estima em cem milhões de reais a soma dos custos atuais, "jogados no cesto do lixo, tirando a competividade brasileira no exterior". O futuro para a realidade plena é de dois a três anos:

-O complexo Cotriguaçu/cooperativas/Ferroeste será fator decisivo para a competividade brasileira em torno de valores para a venda de produtos no exterior e, por consequência, de sobrevivência da cadeia de produção agricultor-agroindústria-indústria de insumos e de profissionais, como veterinários, agrônomos e zootecnistas, por exemplo. Hoje o Brasil deve colher 183,5 milhões de toneladas de grãos e já está com sérias dificuldades na logística. No ano 2.020 vai colher 260 milhões de toneladas, número projetado com base no crescimento brasileiro dos últimos 20 anos, cinco a seis por cento ao ano (produção de grãos).
As cooperativas do Oeste investiram na parceria PPP para proteger o produtor rural e a cadeia produtora da região. O empreendimento, segundo Dilvo Grolli, está aberto a outras empresas do Oeste, já que estima atendimento de até 50 por cento das necessidades regionais, que precisam de outros investidores.

Sessenta por cento do agronegócio do Oeste paranaense está nas mãos das cooperativas, que respondem por 35 por cento da produção paranaense.

A colheita da segunda safra do milho no Centro Oeste do Brasil, calculada como a maior da história, coincidirá com armazéns lotados de soja e milho, o escoamento da produção em direção aos portos de Santos, Paranaguá e de Santa Catarina, percorrendo-se média de dois mil quilômetros, tem custos de 18/20 reais por saca, com base nos fretes de começo do ano. O preço comercial da saca, em torno de 28/29 reais a saca, sobra para o produtor cerca de dez reais. "Dificilmente cobrirá custos". Por isso, o Oeste do Paraná, com o processo ferroviário e custo de três reais a saca até o Porto de Paranaguá, viabiliza amplas facilidades comerciais para a agroindústria e a exportação brasileiras. O produto carne será beneficiado no segundo semestre deste ano e o de grãos no segundo semestre do ano que vem. Os investimentos iniciais são de 40 milhões de reais.

 

PRODUTIVIDADE

As projeções das empresas de tecnologia para agricultura e pecuária estão sinalizando crescimento anual entre dois e quatro por cento em produtividade nas áreas atuais e no Centro Oeste/Nordeste e parte do Norte, sem atingir a Floresta Amazônica, cinco a seis por cento ao ano até 2.020. No Show Rural, há 25 anos, a produtividade da soja era de 1.600/1.800 kg o hectare; hoje, está acima de 4.000 kg/hectare, crescimento de 125 por cento, e o milho passou de 3.600 para mais de oito mil quilos por hectare, registrando-se lavouras de alta tecnologia com produções de até 12 mil quilos. No último Show Rural, diversas empresas de sementes e tecnologias para milho e soja apontaram potencial de soja cima de cinco mil quilos e de milho acima de 15 mil quilos por hectare.
 

 O vídeo abaixo detalha o funcionamento do Terminal Ferroviário Cotriguaçu:


Voltar
Top