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Projeto de combate à aftosa no Mercosul deve iniciar em 2007
O projeto-piloto foi aprovado pelos presidentes dos países do bloco durante a XXXII Reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, nos dias 18 e 19 deste mês, no Rio de Janeiro. “O esforço conjunto é fundamental para melhorarmos a sanidade animal na região e termos condições mais favoráveis para comercializar nossos produtos agropecuários no mercado global”, assinalou Guedes. A região é a maior exportadora mundial de carne bovina, respondendo por 42,2% do comércio. Em 2006, os embarques chegaram a 2 milhões e 950 mil toneladas equivalente carcaça.
Os US$ 16,3 milhões do Focem deverão ser aplicados na implementação de um sistema de atenção veterinária para fiscalização das áreas de fronteira. Para tanto, parte do montante será usado no treinamento e capacitação de técnicos dos países do bloco. “Temos que uniformizar os procedimentos para que possamos realizar um trabalho conjunto eficaz”, destacou o ministro. A rede de laboratórios do Mercosul também deve ser modernizada com a verba do Focem, criado em 2004 para financiar projetos de industrialização e melhoria agrícola na região.
Plano continental - O projeto do Mercosul, ressaltou Guedes, deve reforçar a proposta do Mapa de desenvolver um plano continental conjunto de erradicação da aftosa. Ontem (23/01), o ministro e o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, mantiveram audiência com o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Roberto Samanez, para tratar do assunto. “Precisamos eliminar a aftosa em todo a América do Sul para que possamos superar as barreiras sanitárias impostas pelo mercado mundial.”
Guedes e Samanez combinaram um novo encontro na próxima semana – falta definir o dia - para elaborar uma proposta preliminar do plano continental a ser submetido ao Mercosul. A reunião contará com a presença de representantes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA).
Desde o ano passado, Guedes vem mantendo contatos com a FAO, a OIE e o IICA para que apóiem o desenvolvimento do plano continental de erradicação da aftosa. “Enquanto a doença não for completamente erradicada, todos os países da América do Sul continuarão vulneráveis. O Brasil, por ter uma fronteira seca com mais de 14 mil quilômetros, é um dos países mais expostos a situações de risco”, comentou o ministro.
Fonte: MAPA