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Britânicos montam megaoperação para conter o H5N1


Publicado em: 05/02/2007 08:54 | Categoria: Geral

 


O ministério britânico para o Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais impôs controles rigorosos no transporte de aves de criação nas proximidades da fazenda Bernard Matthews, em Holton.

Veterinários do governo passaram a noite abatendo as quase 160 mil aves que ainda eram mantidas no local.

No atual foco da doença, todas as pessoas que têm acesso estão sendo desinfetadas, e as que tiveram contato com as aves são vacinadas com antivirais.

Foram estabelecidas também zonas de proteção – nas quais as aves têm que ser mantidas em cativeiro – de três quilômetros; e ainda de vigilância, de dez quilômetros ao redor de Holton, no condado de Suffolk, no leste do país.

Nas zonas de vigilância, não podem entrar ou sair aves, a não ser para serem sacrificadas, trens estão autorizados a atravessar, mas não a parar na região, mercados e feiras livres estão proibidos, além de diversas restrições no acesso e vigilância redobrada das autoridades sanitárias.

Zona restrita

Uma área de mais de 2 mil quilômetros quadrados foi considerada zona restrita, e os criadores de aves têm de mantê-las isoladas de aves selvagens e pedir autorização para qualquer movimentação dos animais.

Com todas as medidas de precaução, as autoridades afirmam que não há risco em comer carne de peru devidamente preparada.

A chefe do departamento de Vigilância Sanitária britânico, Pat Troop, disse que vai ficar "muito surpresa se o vírus passar para humanos", já que as condições na Grã-Bretanha seriam muito diferentes das da Ásia.

Nos países asiáticos, a gripe aviária já matou mais de 160 pessoas desde 2003.

As autoridades britânicas afirmaram também que as carcaças abatidos vão ser transportadas para uma câmara de cremação em caminhões "vedados, à prova de vazamentos e completamente cobertos por capas.

ONU

O coordenador da Organização das Nações Unidas (ONU) para gripe aviária, David Nabarro, disse que os criadores de aves devem se acostumar com a presença da doença no país, já que ela "vai permanecer nas populações de aviárias por muitos anos".

"Vamos lidar com o problema aplicando um plano cuidadosamente ensaiado, que visa a eliminar a fonte. Temos que aprender a aceitar isso, continuar a criar e consumir aves normalmente, e não ver isso como um problema grave", disse Nabarro.

No sábado, testes de um laboratório britânico confirmaram a presença da variante mais mortal do vírus da gripe aviária, o H5N1, nas amostras de 2,6 mil perus que morreram na Grã-Bretanha.

Os 2.617 perus da fazenda morreram entre 30 de janeiro e 1º de fevereiro.

Em maio do ano passado, mais de 50 mil galinhas foram sacrificadas depois de uma epidemia de gripe aviária provocada pela variante H7 do vírus em fazendas da região de Norfolk, vizinha a Suffolk.

Um trabalhador da fazenda chegou a ser contaminado pelo vírus e teve de sofrer tratamento para uma infecção nos olhos.

Em março passado, um cisne selvagem foi encontrado morto na Grã-Bretanha. Testes confirmaram a presença da variante H5N1 do vírus, que já matou mais de 160 pessoas em todo o mundo desde 2003.

Fonte: BBC Brasil

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