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Amor pela profissão une Médicos Veterinários 42 anos após formatura


Publicado em: 09/10/2014 09:17 | Categoria: Geral | Autor: Diogo

 


Formatura

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A turma de 72

Amor pela profissão e forte laço de amizade une grupo de Médicos Veterinários 42 anos após a formatura

O último encontro aconteceu no Mato Grosso. Em outubro do ano passado um grupo de 20 médicos veterinários, acompanhados de suas esposas, participaram do terceiro encontro, que marcou 41 anos de formatura da Turma “Professor João Marcos Baroni”. Entre os dias 25 e 28 de outubro de 2013, eles passaram por Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Pantanal. Cada encontro é muito bem planejado e diversas reuniões são realizadas, até o grande momento onde todos os antigos colegas se reencontram. Florianópolis/SC será o local do quarto encontro, que irá acontecer em novembro deste ano.


BONS TEMPOS

Era fim dos anos 60. Especificamente em 1968. Cerca de 250 candidatos aspiravam à vaga de calouro de Medicina Veterinária na UFPR, uma das poucas universidades do país que oferecia este curso. Naquele vestibular foram aprovados 80 brasileiros, originários de diversas estados e quatro estrangeiros que fizeram da universidade sua casa e dos colegas, irmãos.

Esta foi a última turma antes da reforma nas diretrizes básicas da educação. “Nós estudávamos de manhã, de tarde e, muitas vezes, à noite. Isso gerou laços de irmandade. Éramos íntimos uns dos outros”, comenta Athaíde Rodrigues de Miranda. Além disso, havia aulas aos sábados, sem contar as viagens de estudos, os estágios não obrigatórios e as cadeiras optativas, isso tudo para dar conta de um curriculum planejado para seis anos, que foi cumprido em quatro.

Alguns veterinários da Turma se conheceram antes mesmo de entrar na universidade. Como o Caso de Homero Arruda Vieira e Florisval Bubniak, que estudaram juntos no Colégio Agrícola. “Nós somos irmãos”, diz Homero na tentativa de atenuar os ânimos em meio a uma acalorada discussão.

Outro fator que torna especial este grupo de veterinários é a vocação. Todos são, até hoje, muito convictos e satisfeitos com a escolha de quatro décadas atrás. Quase todos os formados em 72 ingressaram e ainda atuam na área. Frases como “Morríamos de amores pela Medicina Veterinária” e “Estudávamos pela profissão, pela atividade e não pensando em dinheiro” são recorrentes quando os ex-alunos argumentam sobre a diferença das antigas turmas e das atuais. Para alguns, a Medicina Veterinária virou coisa de família. “Tenho um filho que é meu colega de profissão”, conta sorridente o veterinário Roberto dos Santos. Angelo Garbossa Neto também poderia fazer suas as palavras de Roberto. Seu filho, também veterinário, regressou há pouco tempo de um doutorado nos Estados Unidos.

 

MEMÓRIA E DIVULGAÇÃO

O engajamento dos formandos de 72 vai muito além de apenas rever os antigos colegas. A turma dispõe de uma estrutura para registro da memória e divulgação dos encontros e de sua história. No encontro de Cuiabá/MT, no ano passado, surgiu o projeto Memória Escrita da Turma, que consiste em restar a história de cada ex-aluno e organizá-las em um livro de perfis. Dos 84 formados, 65 estão vivos e 19 faleceram. Até agosto deste ano a organização contava com 41 perfis e seguia na busca da história de vida de mais 43 colegas, sendo que 16 destes já passaram desta para melhor, o que dificulta a coleta de informações. No entanto, a motivação para encontrar e perfilar os antigos amigos é grande. “Temos que chegar a todos os colegas, e sabemos das dificuldades”, comenta Florisval que lidera a organização do encontro. Atualmente é conhecido o paradeiro de todos os 84 formados em 1972, mas esta é só a primeira etapa. Eles ainda devem visitar o local e levantar as informações.

O reencontro dos veterinários, sobretudo do modo como ocorre, tanto tempo após a formatura surpreende a todos. O próprio curso de medicina veterinária da Universidade Federal do Paraná afirma desconhecer outra turma que faça algo semelhante e a coordenação afirmou que pretende estimular outras turmas a fazer o mesmo.

Além dos perfis, a Turma 72 também divulga sua história através de uma coluna mensal no Jornal Capão da Imbuia & Tarumã, jornal que circula na região leste de Curitiba. Nos dias que antecedem os encontros o setor de comunicação da Turma dispara press releases para toda a imprensa local. “Comunicação é importante. Todo sanitarista deve saber”, reforça Bubniak.

 

REUNIÃO PARA REUNIÃO

No dia nove de agosto deste ano, às 9 horas da manhã de um belo sábado, onze médicos veterinários se reuniram, com direito a Ata, no Mercado Municipal de Curitiba para decidir os rumos do próximo encontro. Esta foi a quarta reunião que a organização promovia a fim de colocar os pingos nos is, e são muitos is para pingar.
Florisval Bubniak, este é o nome que resume o empenho do grupo na organização do encontro da turma de 72. Até o mês de agosto ele disparou 3.800 e-mails para os colegas. “Ele entupiu minha caixa de mensagens”, brincam os amigos. Bubniak conduz a reunião com a seriedade de um CEO de multinacional. Ele é quem concede a palavra aos colegas e dita a ordem das pautas a serem abordadas. Trás consigo um notebook e um projetor. É a seriedade que leva à diversão dos colegas da turma. Cada passo do encontro é pensado, discutido e repensado. Cronograma, logística e tudo mais que possa estar relacionado com o encontro passa pelo crivo de Bubniak.

 

DESTINO: FLORIANÓPOLIS

 

Entre os dias 7 e 10 de novembro ocorrerá, em Florianópolis/SC, o quarto encontro da Turma Professor João Marcos Baroni. Um grupo de 45 pessoas ficará hospedado nos chalés do SESC Cacupé. O encontro será registrado em vídeo e fotos e contará com palestras, homenagens aos colegas falecidos, música ao vivo, tocada por veterinários da turma 72, entre outras atividades.

 


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