O julgamento de raças é um dos eventos mais esperados da ExpoLondrina e para a sua realização é imprescindível o trabalho de médicos veterinários e zootecnistas. Para que possam competir, os animais precisam passar pelos exames de admissão com critérios determinados pela associação de cada raça.

No caso da Associação Brasileira de Angus, o gado passa por várias etapas para comprovar o seu estado real antes de ser aprovado. Com o total de 18 técnicos em todo o Brasil, a associação deslocou três deles para Londrina para realizar os exames de admissão e acompanhar todas as etapas dos julgamentos.

Desde 2000 trabalhando como técnico na associação, o médico veterinário Antônio Francisco Chaves destaca que os exames são importantes para “verificar se o animal inscrito é o que realmente veio para a exposição e para manter um padrão da raça.”

O primeiro passo é conferir o número de identificação do animal, o selo da Associação Brasileira de Criadores (ANC) e o Controle de Desenvolvimento Ponderal (CBP). Depois é preciso conferir a dentição para comparar se a idade dentária é compatível com a apresentada pelo produtor. Nessa conferência também é possível verificar se o animal possui algum defeito de mordedura. Verificações estas realizadas pelo Dr. Rednilson Mareli Goes, que acompanha as atividades da raça Angus na ExpoLondrina desde 2004.
Realiza-se também a medição de altura, tamanho de testículo e pesagem. “O frame size indica a condição corporal e é importante para a produção genética porque está relacionado com o sistema de reprodução”, explica Chaves.

O ultrassom de carcaça também é realizado no momento da admissão, mas o serviço é terceirizado e contratado pela própria associação. No exame é possível conferir a espessura de gordura e a área de lombo do animal. No caso de fêmeas, é realizado ainda o diagnóstico de gestação para confirmar a prenhez.

Além dos técnicos e da empresa terceirizada, a associação conta com o auxílio de estagiários que atuam na clínica da Sociedade Rural do Paraná.